Grendene registra queda de 17% na receita líquida

A queda no volume de calçados vendidos de janeiro a junho impactou os resultados da Grendene, de Farroupilha (RS). O lucro líquido da empresa caiu 36,9% do segundo trimestre do ano, de acordo com o balanço operacional publicado pela companhia nesta q...
Grendene registra queda de 17% na receita líquida

A queda no volume de calçados vendidos de janeiro a junho impactou os resultados da Grendene, de Farroupilha (RS). O lucro líquido da empresa caiu 36,9% do segundo trimestre do ano, de acordo com o balanço operacional publicado pela companhia nesta quinta-feira (1). De R$ 65,8 milhões entre abril e junho de 2018, o valor, atualizado para a norma IFRS, ficou em R$ 41,5 milhões. 

Em termos gerais, na comparação com os primeiros seis meses de 2018, a Grendene registrou queda de 17% na receita líquida; queda de 46,8% no lucro líquido e EBIT de R$ 43,6 milhões, de 76,1% menor. Já o lucro líquido acumulado de R$ 118 milhões, com margem de 14,3%, gerando caixa de R$ 336,1 milhões.

Para Francisco Schmitt, CFO da Grendene, os números da empresa são consistentes, porém inferiores se comparados aos do ano passado. “O baixo volume de produção e a consequente baixa utilização da capacidade instalada continuaram afetando as margens. Além disso, alguns eventos não recorrentes também contribuíram para queda do resultado neste período, mas ainda assim, os resultados são muito positivos para o setor onde atuamos”, justifica. Na análise semestral, o lucro caiu ainda mais (-46,8%), e fechou em R$ 118 milhões.

Dentre as estratégias para a retomada das vendas, estão o mercado on-line e o comércio digital em parceiros. Para isso, a Grendene criou uma área de gestão focada em oportunidades que estão surgindo a partir da transformação digital. Outra aposta são os calçados registrados com o selo Vegan, que caracteriza um produto que não contêm nenhum componente de origem animal em sua composição e que não passou por testes em animais, além da linha de sandálias Ipanema, que contêm na sua composição um percentual entre 20% e 40% de material de origem renovável. “Ambos são importantes atestados para os negócios, uma vez que o novo consumidor, de pensamento millennial, busca por marcas de produtos com ações sustentáveis comprovadas”, afirma Schmitt.


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