Franquia de educação que mais cresce no Brasil vai dobrar de tamanho
Em pouco mais de um ano, mesmo com a pandemia da Covid-19, o grupo Super Cérebro passou de 50 para 200 franquias, ampliando sua atuação para todas as regiões do Brasil. "Isso é um fenômeno. O Super Cérebro é a franquia de educação que mais cresce no país", afirma Marcelo Cherto, membro fundador da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Até o final deste ano, o grupo prevê a abertura de mais 50 unidades e, em 2022, mais 150. O grupo desenvolveu um método exclusivo com o propósito de contribuir para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais, as chamadas soft skills. A empresa nasceu após anos de pesquisa e desenvolvimento que levaram o fundador, Ricardo Lamas, a estudar na Universidade de Harvard com o neurocientista Howard Gardner, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas.
O empresário também esteve no Japão com a equipe brasileira de Soroban – que representa o Brasil em competições internacionais de matemática usando esse método tradicional – para trocar experiências com diversos mestres. O ábaco japonês é uma das ferramentas utilizadas pelo grupo no trabalho cognitivo, permitindo que o aluno aprenda a fazer contas apenas com a imagem mental do Soroban e movimentos dos dedos, desenvolvendo a memória, o raciocínio lógico e a atenção. O processo de implantação de franquias começou em 2018 e 52 unidades foram abertas apenas no primeiro ano de operação. Para o fundador, a marca ganhou força devido a um conjunto de fatores, entre eles a demanda de mercado, o fato de atender pessoas de todas as idades e a fácil operação da franquia.
"O método Super Cérebro se encaixa em uma demanda que é mundial: a necessidade que as pessoas têm de desenvolver as habilidades socioemocionais. Aprimorar a inteligência socioemocional é fundamental para garantir a capacidade de se relacionar com outros indivíduos e superar desafios de maneira saudável e equilibrada", diz o fundador.
Investimento do franqueado
O investimento total do franqueado gira em torno de R$ 65 mil e a lucratividade estimada sobre o faturamento é superior a 40%. O prazo médio de retorno é de 10 meses. O franqueado pode aproveitar uma estrutura já existente, como uma faculdade, por exemplo, ou montar uma sala de aula para atuar, tanto na captação dos clientes quanto na realização de aulas e atividades. "Nossos franqueados são parceiros da rede e replicam a metodologia. O modelo de negócios permite que esse trabalho seja aplicado em instituições de ensino, academias, clubes, casas de repouso, condomínios, igrejas e empresas, a partir de um modelo de franquia home based ou com ponto comercial, reduzindo os custos da operação", explica Lamas. Na modalidade home based, o franqueado atua dentro da própria casa, realizando prospecção de clientes no território de exploração. Com os contratos firmados, ele fica responsável por contratar instrutores que irão ministrar as aulas nas unidades dos clientes.
Denan Einstein Lacerda Campos, de 45 anos, é empresário e deixou sua carreira de executivo em grandes empresas para investir no mercado de franquias há 12 anos. Iniciou seu projeto com uma escola de idiomas e hoje já é dono de nove unidades da marca. Pensando em ampliar seus investimentos em outros negócios, em outubro do ano passado conheceu o Grupo Super Cérebro e até o final do ano já tinha adquirido duas franquias da rede em Belo Horizonte. O negócio deu tão certo, que em fevereiro de 2021 comprou mais quatro em Brasília. "O Super Cérebro me chamou a atenção pelo grande potencial. O modelo de negócio é equilibrado, o que permite o crescimento tanto da franqueadora quanto do franqueado. Como já trabalho com educação, posso garantir que investir nesse setor é um bom negócio."
Trajetória
Desenvolvida pelo professor Ricardo Lamas, a marca começou sua trajetória em 2005, como uma escola particular em São José dos Pinhais (PR). O sucesso da instituição foi rápido e o colégio se tornou um dos mais respeitados da Região Metropolitana de Curitiba. Desde 2017, a metodologia da rede é aplicada em escolas de todo o país. Com a proposta de ser uma academia para o cérebro, as ferramentas utilizadas nas aulas são o ábaco Soroban, jogos de tabuleiro importados e desafios criativos individuais. As atividades visam a estimular competências cognitivas, como a memória, o raciocínio lógico, o cálculo mental, além de competências socioemocionais – cooperação, estratégia, liderança e tomada de decisão. A metodologia de ensino atua com ferramentas manuais, buscando um contraponto à tendência da tecnologia exacerbada. Os resultados são percebidos na melhora no desenvolvimento social e intelectual, além de melhor performance nos estudos e no trabalho.
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