Folhas de alumínio para baterias íons-lítio serão produzidas no Brasil

Estudo de viabilidade será realizado pelo Senai Paraná e Companhia Brasileira de Alumínio
A parceria entre o Senai Paraná e a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) deve trazer mudanças para o segmento de baterias de íons-lítio no Brasil

Uma parceria entre o Senai Paraná e a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) deve trazer mudanças para o segmento de baterias de íons-lítio no Brasil. Um dos componentes das baterias, utilizadas em dispositivos eletrônicos de consumo como smartphones, notebooks e principalmente em veículos elétricos, é a folha de alumínio – até então produzida no país apenas para embalagens e outras aplicações. A parceria deve mudar este cenário e inserir o país em um mercado global, possibilitando o desenvolvimento deste produto no Brasil.

A folha de alumínio é um componente fundamental para o pleno desenvolvimento de baterias de íons-lítio, é o que explica Marcos Berton, pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica. "Ela é utilizada como coletor de corrente no eletrodo positivo da bateria e influencia muito na capacidade e estabilidade a longo prazo. Com essa parceria teremos o domínio da tecnologia por meio de um projeto inovador. Para que haja um bom funcionamento, essa bateria deve ser produzida de forma minuciosa e com materiais de alta qualidade, neste caso, o alumínio", detalha. A solução tecnológica da utilização da folha de alumínio nacional, como coletor de corrente, é a inovação e o principal objeto de estudo do projeto, que já está em andamento. Esse é um importante passo para o desenvolvimento da cadeia de fornecimento local do segmento de baterias de íons-lítio.

O mercado de baterias vem crescendo exponencialmente. Os veículos elétricos, por exemplo, correspondem a quase toda a demanda mundial de produção das baterias de lítio, segundo um estudo recente feito pela Wood Mackenzie. A preocupação com o meio ambiente e o clima são os principais motivos deste crescimento expressivo.

"A inserção do Brasil na rota do comércio internacional de insumos torna o projeto ainda mais relevante. O mercado de baterias de íons-lítio é global e, além de vender o alumínio como matéria-prima, a CBA poderá comercializar uma solução que atenda a proposta de valor e requisitos técnicos específicos deste mercado. Desta forma, será possível diversificar a gama de produtos da empresa voltadas para o segmento", explica Fernando Wongtschowski, gerente geral de marketing estratégico e inovação da CBA.

A iniciativa também contempla os indicadores de objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), como a promoção da industrialização sustentável por meio de inovação e do crescimento econômico. Ele está sendo desenvolvido na categoria de Aliança Industrial da Plataforma Inovação para a Indústria do Senai nacional. Nessa categoria os custos do projeto de inovação são compartilhados entre as empresas e o programa da Plataforma Inovação. O aporte do projeto é de mais de R$ 1,2 milhão.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 21 Novembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/