Embrapa destaca qualidade do azeita da Olivas do Sul

Com a colheita das azeitonas avançando no Rio Grande do Sul, as agroindústrias já começam a produzir os primeiros lotes do azeite que chegarão ao mercado em breve. A Olivas do Sul (foto), localizada em Cachoeira do Sul (RS), é uma delas. A companhia ...
Embrapa destaca qualidade do azeita da Olivas do Sul

Com a colheita das azeitonas avançando no Rio Grande do Sul, as agroindústrias já começam a produzir os primeiros lotes do azeite que chegarão ao mercado em breve. A Olivas do Sul (foto), localizada em Cachoeira do Sul (RS), é uma delas. A companhia deve produzir 160 toneladas de azeitonas neste ano em uma área de aproximadamente 24 hectares, onde apenas 15 hectares estão já estão em plena produção. A previsão é que a empresa consiga fabricar 15 mil litros de azeite neste ano. Em 2020, a produção deve chegar a 25 mil litros. As amostras dos produtos foram analisadas pela Embrapa Clima Temperado e revelaram números impressionantes. "Estudamos cincos amostras com um índice de peróxidos poucas vezes visto por aqui", conta Rogério Jorge, pesquisador da Embrapa. 

Os índices de peróxidos – que interferem diretamente na qualidade do azeite – apresentaram níveis muito baixos. Em uma escala que vai de zero até 20 (quanto menor o número, melhor a qualidade), o extravirgem da Olivas do Sul atingiu um patamar entre 1,9 e 2,5, bem próximo do nível mundial (entre 2,0 e 2,5). “Esse resultado específico nos alegra, pois significa que as etapas do processamento estão coerentes. Quanto menos peróxidos apresentar, menos danos teve essa fruta", destaca Emanuel de Costa, engenheiro agrônomo da marca gaúcha. As amostras também surpreenderam pela quantidade de ácidos livres. "Um dos parâmetros é a quantidade de ácidos graxos livres. Quanto menor for, melhor. Quando a fruta está no pé, ela tem 0%. Quando ela vai sofrendo estresse mecânico, de colheita, temperatura, tempo de espera da fruta para processamento, extração, filtragem e estocagem, por exemplo, esses índices se elevam. O que obtivemos na análise foi 0,04%, nem 0,1%. Nosso azeite está comprovadamente com uma qualidade superior", comemora Costa. 

Entre os óleos comestíveis comercializados mundialmente, o azeite de oliva é um dos mais importantes e muito utilizado na culinária mediterrânea. É rico em ácidos graxos monoinsaturados, principalmente o oleico (ômega-9), que possuem propriedades de reduzir concentrações sanguíneas de LDL ("mau" colesterol) e aumentar o HDL ("bom" colesterol). Entre os disponíveis no mercado, o mais indicado para a saúde é o extravirgem, que não passa por nenhum refinamento químico e deve ter acidez de até 0,8%. Isso faz com que seus nutrientes, assim como gosto e aroma, sejam mantidos. 

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Quarta, 08 Mai 2024

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