Consórcio Aegea arremata Corsan por R$ 4,1 bilhões

Leilão contou com uma série de embates judiciais
A decisão de privatização ocorreu por conta do marco legal do saneamento e da necessidade de universalização nos próximos 10 anos

O consórcio Aegea, representado pela corretora Necton Investimentos, foi o vencedor do leilão para a alienação de ações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), com uma proposta de R$ 4,1 bilhões, lance mínimo permitido para o certame. O leilão foi realizado nesta terça-feira (20) em lote único, que englobava 630.050.221 ações de propriedade do estado, pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul, na sede da B3, na capital paulista. Criada em 2010, para atuar no setor de saneamento básico brasileiro, a composição acionária da empresa é formada por Equipav, GIC e Itaúsa. O consórcio já opera uma parceria público-privada (PPP) com nove municípios da região metropolitana de Porto Alegre.

Com sede em Porto Alegre, a Corsan era uma sociedade de economia mista, de capital aberto, com controle acionário exercido pelo estado do Rio Grande do Sul. A companhia atua em 317 municípios por meio da realização de estudos, projetos, construções, operações, exploração e ampliação dos serviços públicos de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário. A licitação previa a concessão administrativa para a execução de obras de infraestrutura em esgotamento sanitário, manutenção, bem como a realização de programas comerciais em gestão do parque de hidrômetros e a correção de irregularidades.

De acordo com o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, a decisão de privatização ocorreu por conta do marco legal do saneamento e da necessidade de universalização nos próximos 10 anos. "Em julho deste ano, trocamos a modelagem inicial, deixando para trás a oferta de ações e optando pela alienação integral, que se concretiza neste momento. O processo vai significar a qualificação no atendimento para mais de 6 milhões de pessoas em 317 municípios gaúchos. Será ainda um vetor de desenvolvimento econômico e, consequentemente, de desenvolvimento social", declarou o governador.

O leilão contou com uma série de embates judiciais. Na segunda-feira (19), o governo gaúcho garantiu a realização da disputa. O certame havia sido suspenso pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) na quinta-feira (15), mas uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) anulou a medida na noite de segunda-feira (19).

Com Agência Brasil

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Quinta, 21 Novembro 2024

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