Volume de ofertas de ações já é o terceiro maior da série histórica

As empresas brasileiras captaram até setembro R$ 57,6 bilhões a partir de ofertas de ações. O volume já é o terceiro maior da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), iniciada em 2002: per...
Volume de ofertas de ações já é o terceiro maior da série histórica

As empresas brasileiras captaram até setembro R$ 57,6 bilhões a partir de ofertas de ações. O volume já é o terceiro maior da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), iniciada em 2002: perde apenas para 2007, quando a popularização dos IPOs (ofertas públicas iniciais, na sigla em inglês) no Brasil contribuiu para que fossem movimentados R$ 75,5 bilhões no ano inteiro; e 2010, em que uma operação da Petrobras de R$ 40,4 bilhões (desconsiderando o valor subscrito pelo governo federal e por entidades relacionadas) colaborou para o total de R$ 70,4 bilhões. O resultado alcançado em nove meses de 2019 já supera em quatro vezes o volume registrado no ano passado inteiro. Os follow-ons concentram a maior parte do montante: R$ 53,1 bilhões a partir de 22 operações, enquanto os IPOs somam R$ 4,5 bilhões até setembro, em duas operações.

Com a alta nas ofertas de ações, o total de emissões no mercado de capitais este ano também é o maior da série histórica da Anbima: as empresas brasileiras movimentaram R$ 335,1 bilhões (incluindo operações locais e internacionais) entre janeiro e setembro, o que representa avanço de 41% sobre o mesmo intervalo do ano passado. “Este ano tem sido excepcional em termos de emissões, o que reafirma a força do mercado de capitais para o financiamento das companhias brasileiras”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da entidade. Outro recorde registrado no período é dos fundos imobiliários, considerados híbridos de renda fixa e variável, que captaram R$ 23,1 bilhões, com alta de 107% em relação a nove meses de 2018.

Na renda fixa, todos os instrumentos apresentaram crescimento nos volumes na comparação ao ano passado. Destaque às debêntures, cujas ofertas seguem em alta: até setembro somam R$ 122,3 bilhões e, desse volume, R$ 16,9 bilhões são de papéis de infraestrutura (regidos pela Lei 12.431). Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis de Agronegócio) também mostram desempenhos positivos, com captações de R$ 9,4 bilhões e de R$ 9,3 bilhões, respectivamente. No mercado externo, as operações das companhias brasileiras somaram US$ 17,8 bilhões de janeiro a setembro, sendo US$ 16,6 bilhões em emissões de renda fixa e US$ 1,2 bilhão em renda variável. O total é 24% maior do que o registrado no mesmo período de 2018.

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