Mercado financeiro mundial sofre com risco de coronavírus

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3 (foto), seguiu a trajetória dos mercados financeiros globais e caminhava para mais uma queda nesta quinta-feira (30). Às 17h30, o Ibovespa caia 0,7% a 114.505 pontos, mas no fim do pregão obteve...
Mercado financeiro mundial sofre com risco de coronavírus

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3 (foto), seguiu a trajetória dos mercados financeiros globais e caminhava para mais uma queda nesta quinta-feira (30). Às 17h30, o Ibovespa caia 0,7% a 114.505 pontos, mas no fim do pregão obteve uma leve alta de 0,1%. Na quarta-feira (29), o índice teve baixa de 0,9%. O dólar comercial terminou valendo R$ 4,22574 – alta de 0,9%. Na máxima, chegou a R$ 4,2725. O recorde histórico foi alcançado no dia 27 de novembro do ano passado, quando o dólar fechou a R$ 4,2584. No dia anterior, a moeda terminou o dia vendida a R$ 4,2193, em alta de 0,6%. No ano, a moeda já acumula alta de 5,2%. 

No final da tarde, a Organização Mundial de Saúde declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus. A entidade fez o anúncio à imprensa em sua sede, em Genebra, na Suiça, após uma reunião com especialistas. Até o momento, foram contabilizados 7,7 mil casos e 170 mortes na China, principal local de multiplicação do vírus. Em outros 19 países, já foram registrados 98 casos. No Brasil, o Ministério da Saúde investiga nove casos suspeitos. De acordo com a entidade, os casos abrangem pessoas que viajaram para Wuhan, foco do surto, ou que tiveram contato com pessoas com histórico de passagem pela cidade. Os representantes da OMS, contudo, negaram que o anúncio signifique uma manifestação de desconfiança com a China.

Os investidores estão muito preocupados com o impacto econômico da epidemia. Os mercados financeiros globais têm sofrido uma forte liquidação nesta semana, com um salto nos casos relatados de pessoas infectadas com o coronavírus levantando temores de uma pandemia e provocando preocupações sobre uma desaceleração econômica na segunda maior economia do mundo. O receio é que o surto de coronavírus afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, já que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China. 

Outra notícia que desanimou o mercado foi que a epidemia deve derrubar o PIB chinês neste primeiro trimestre. Estatísticas preliminares dão conta que a economia chinesa pode cair 5% entre janeiro e março. De acordo com o diretor comercial da Ativo Soluções em Comércio Exterior, Aron Flemming Brito, o vírus deve impactar diretamente a economia global. “Muitas pessoas estão em quarentena, com prospecção de crescimento desses números e, por consequência, o fluxo de importações e exportações do país diminuirá também. A China, que já teve seu pior PIB no último ano, deve ter um desempenho ainda menor em 2020, com estimativa de redução de 1,3% nos números totais”, projeta o especialista. 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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