Dólar fecha no maior patamar em quase um ano

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (23), impactado pelo cenário externo e por ruídos em torno da reforma da Previdência. A divisa norte-americana terminou o dia em alta de 1,1%, sendo vendida a R$ 4,1250, no maior valor desde 19 de setembro do ...
Dólar fecha no maior patamar em quase um ano

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (23), impactado pelo cenário externo e por ruídos em torno da reforma da Previdência. A divisa norte-americana terminou o dia em alta de 1,1%, sendo vendida a R$ 4,1250, no maior valor desde 19 de setembro do ano passado, quando fechou em R$ 4,1267. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 4,1315. A B3 segue em queda nesta sexta-feira, após baixa de mais de 1% na véspera, também influenciada pela piora do cenário externo.

No final do dia, o Banco Central anunciou que fará leilões de swaps reversos e de dólares à vista, para fins de rolagem dos swaps cambiais vincendos em 1º de novembro de 2019. Na rolagem da posição em swaps cambiais a vencer nesta data, será um montante de US$ 11,6 bi (232.340 contratos). O BC ofertará, de 2 a 27 de setembro, lotes diários de venda de dólares à vista, de forma simultânea à oferta no mesmo montante em swaps reversos; e swaps cambiais, para o complemento da rolagem.

“Ao final do período de execução desta rolagem, objetiva-se que todo o estoque vincendo em 1º de novembro de 2019 seja rolado ou trocado por dólares à vista, portanto sem afetar a posição cambial líquida do BC. A troca de instrumentos ocorrerá conforme a demanda dos agentes pelos diferentes instrumentos, por meio de leilões competitivos”, descreve a nota técnica do BC.

Nesta sexta-feira, a guerra comercial entre EUA e China subiu de patamar. Pela manhã, o governo chinês anunciou que vai impor tarifas sobre US$ 75 bilhões em produtos americanos. Donald Trump respondeu dizendo que vai responder às tarifas da China ainda na tarde desta sexta. Porém, em uma de suas falas, Trump já declarou que não precisa da China e ainda pediu que as empresas norte-americanas deixem o país asiático. 

Em seu discurso, Jerome Powell, chairman do Fed, o banco central dos Estados Unido,  listou vários riscos que a autoridade monetária estadunidense está monitorando. A guerra comercial do governo dos EUA com a China e outros países é apenas um deles.  Powell fez duras críticas quanto ao comércio global que está sendo afetado pela guerra comercial. “O Fed não poderá consertar tudo isso através da política monetária. Não há precedentes recentes para orientar qualquer resposta de política monetária à situação atual, pois a política monetária não pode fornecer um livro de regras estabelecido para o comércio internacional", reiterou, sem dar pistas se o Fed reduzirá os juros em setembro. Ele também afirmou que a economia norte-americana está em uma "posição favorável" e o Federal Reserve irá "agir conforme apropriado" para manter o ritmo de expansão do PIB.  

Na cena doméstica, receios de atraso na tramitação da reforma da Previdência no Senado também preocupavam o mercado. Na véspera, o relator da reforma da Previdência na Casa, Tasso Jereissati (PSDB-CE), informou que não apresentaria seu parecer sobre a proposta nesta sexta-feira, como previsto, o que pode atrasar a tramitação em quatro ou cinco dias. No ambiente interno ainda há outra preocupação: países europeus afirmaram que o comércio com o Brasil pode ser afetado, caso o governo não combata incêndios na Amazônia, por exemplo. França e Irlanda, por exemplo, ameaçam rever o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. 

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Quinta, 25 Abril 2024

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