Bovespa termina janeiro no vermelho por coronavírus

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3 (foto), seguiu operando em baixa nesta sexta-feira (31), ainda por causa de preocupações relacionadas ao surto de coronavírus. No final do dia, o Ibovespa teve uma queda de 1,5%, a 113.761 ponto...
Bovespa termina janeiro no vermelho por coronavírus

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3 (foto), seguiu operando em baixa nesta sexta-feira (31), ainda por causa de preocupações relacionadas ao surto de coronavírus. No final do dia, o Ibovespa teve uma queda de 1,5%, a 113.761 pontos. Na quinta-feira (30), o Ibovespa subiu 0,1%, a 115.528 pontos, mas o movimento de retração praticamente acompanhou o comportamento das bolsas ao redor do mundo durante todo o dia. Porém, ao final do pregão, a B3 inverteu terminou com leve alta. O dólar comercial terminou o mês valendo R$ 4,2850, alta de 0,6%.A moeda alcançou o maior valor nominal (sem considerar a inflação) da história. Nem mesmo a retomada das vendas de recursos das reservas internacionais pelo Banco Central, que fez um leilão extraordinário de US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, conseguiu segurar a valorização da moeda norte-americana. Na máxima do dia, o dólar atingiu R$ 4,2863.Na semana, o dólar acumulou alta de 2,4%. Em janeiro, subiu 6,8%.O recorde anterior foi alcançado no dia 27 de novembro do ano passado, quando o dólar fechou a R$ 4,2584.

Os investidores estão muito preocupados com o impacto econômico da epidemia. Os mercados financeiros globais têm sofrido uma forte liquidação nesta semana, com um salto nos casos relatados de pessoas infectadas com o coronavírus levantando temores de uma pandemia e provocando preocupações sobre uma desaceleração econômica na segunda maior economia do mundo. O receio é que o surto de coronavírus afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, já que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China.

Na quinta-feira (30), a Organização Mundial de Saúde declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus. A entidade fez o anúncio à imprensa em sua sede, em Genebra, na Suiça, após uma reunião com especialistas. Até o momento, foram contabilizados 7,7 mil casos e 170 mortes na China, principal local de multiplicação do vírus. Em outros 19 países, já foram registrados 98 casos. No Brasil, o Ministério da Saúde investiga nove casos suspeitos. De acordo com a entidade, os casos abrangem pessoas que viajaram para Wuhan, foco do surto, ou que tiveram contato com pessoas com histórico de passagem pela cidade. Os representantes da OMS, contudo, negaram que o anúncio signifique uma manifestação de desconfiança com a China.

“A repercussão do ciclo global de aversão ao risco, em função do coronavírus, está colocando o Ibovespa em uma rota de realização, após um longo ciclo de alta. Ainda é cedo para determinar a extensão dos efeitos da doença sobre a economia chinesa, mas, no cenário mais grave, é possível uma perda de 1,5% na taxa de crescimento do PIB”, analisa Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos. Ele ainda explica os setores da que podem ser afetados por essa crise no Brasil. “A economia pode ser afetada por meio da redução das exportações de commodities, notadamente, o minério de ferro, produtos siderúrgicos e celulose. O mercado está antecipando os efeitos sobre todos os setores, desde mineração até o de consumo”, lista.

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Sábado, 20 Abril 2024

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