BRF negocia acordo de leniência com MPF e CGU

A BRF (foto) está negociando um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). O pedido da empresa foi apresentado ao órgão há algumas semanas e as equipes de negociaçã...
BRF negocia acordo de leniência com MPF e CGU

A BRF (foto) está negociando um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). O pedido da empresa foi apresentado ao órgão há algumas semanas e as equipes de negociação estão sendo montadas. A informação foi divulgada no fim da manhã desta quarta-feira (17) no site do Valor Econômico. 

“Dentro de um contexto de reforçar o compliance da companhia, a iniciativa faz parte das determinações do próprio presidente da BRF, Pedro Parente, para que a empresa ´vire uma página´ e forneça todas as informações que venham a ser solicitadas por órgãos de controle no sentido de passar a limpo o passado suspeito da empresa.  Segundo o Valor apurou, a BRF pretende detalhar, entre outras coisas, o funcionamento de um esquema de pagamento de propinas para fiscais do Ministério da Agricultura, em troca de facilitar seus mercados interno e externo de carnes”, relata a reportagem assinada pelos jornalistas Cristiano Zaia e Murillo Camarotto. “Entre as possíveis colaborações, a companhia deve relatar como atuava junto à Pasta da Agricultura para acelerar a tramitação de processos como habilitação e renovação de seus frigoríficos e conseguir a edição de normas e portarias que a beneficiassem principalmente em suas exportações”, revela o Valor. 

“No caso da CGU, a negociação está em fase inicial e não há prazo para o fechamento de um acordo. A depender dos relatos da empresa, será definido o valor da multa a ser aplicada. Com o acordo, a BRF evitaria a declaração de inidoneidade pela CGU. Essa condenação é mais sensível para empreiteiras, mas também pode afetar grandes exportadores, caso da BRF. Além disso, a dona da Sadia e da Perdigão possui muitos contratos de financiamentos com bancos públicos (linhas de crédito rural)”, relata a publicação. A companhia catarinense afirmou ao Valor que não vai comentar o assunto e se limitou a dizer que a posição da empresa é de colaborar com as autoridades num diálogo amplo e transparente.

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Quarta, 11 Dezembro 2024

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