Transportadores marítimos devem utilizar Santa Catarina como hub
O mar de Santa Catarina tem muito a proporcionar à economia brasileira. Esta afirmação consta na primeira edição do estudo LEME – Barômetro PwC da Economia do Mar (Santa Catarina), apresentado em primeira mão por Miguel Marques, sócio da PwC Portugal e especialista em economia do mar durante webinar ocorrido na quarta-feira (27), que uniu virtualmente profissionais ligados ao tema de Brasil, Portugal e Espanha. Além de Marques, participou também Leandro Camilo, sócio e responsável pela operação da PwC Brasil em Santa Catarina.
O evento, ocorrido de forma virtual, faria parte do Simpósio Internacional Economia Azul, transferido para 14 de abril de 2021 em virtude da pandemia da Covid-19. Realizado pela Confraria Náutica Europeia e Associação Náutica Brasileira (Acatmar), o webinar teve como tema "Oportunidades de negócios no mar Catarinense". O LEME traz informações quantitativas, traduzidas em índices provenientes de pesquisas junto aos gestores de entidades de referência nos diversos subsetores que operam na economia do mar. As principais indústrias analisadas são: Transportes Marítimos, Portos, Logística e Expedição, Pesca, Aquicultura e Indústria do Pescado, Entretenimento, Desporto, Turismo e Cultura, entre outros.
Diretamente de Portugal, Marques ressaltou que o estudo permitirá o acompanhamento da evolução destas atividades e, simultaneamente, possibilitar uma análise das tendências e das possíveis escolhas dos diversos agentes envolvidos. "O conceito que está por trás da Economia do Mar ou Economia Azul é bastante amplo, pois envolve água salgada, dos mares e dos oceanos, mas também água doce, dos rios e dos lagos, algo que o Brasil é bastante rico. Isso gera áreas muito férteis, envolventes e importantes para portos, pesca, biotecnologia, turismo e muitas outras oportunidades", comentou Marques. O especialista em economia do mar ressaltou a importância de uma visão integrada de todos estes segmentos, mas também do respeito aos empregos e o meio ambiente para se obter um valor econômico sustentável dessas áreas.
Um dos pontos nevrálgicos do estudo é conceber os portos marítimos locais como autênticas plataformas logísticas integradas em cadeias logísticas internacionais, maximizando a interface entre transporte marítimo, terrestre e aéreo, fazendo com que os transportadores passem a utilizar Santa Catarina como hub (ponto de entrada e saída para as mais diversas localizações internacionais), sem descuidar o seu papel fundamental no desenvolvimento do setor exportador de produtos com origem local, fomentando assim a indústria catarinense.
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