Indústria gaúcha é contra a elevação da tarifa de gás em 73%
O aumento de 73% na margem de distribuição média praticada, segundo proposta apresentada pela Sulgás, vai elevar os custos do setor industrial gaúcho, reduzindo a competitividade das empresas. A afirmação é do coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ricardo Portella Nunes. Por isso, a entidade decidiu enviar posicionamento contrário à Agergs na consulta pública aberta para discutir o processo de revisão tarifária de 2023 da concessionária gaúcha de distribuição desse combustível.
Estudo técnico da entidade, encaminhado à Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, aponta que o referido aumento é tão desproporcional que, só no exercício de 2023, a Sulgás recuperaria 89% de todos os seus ativos, quando o contrato de concessão lhe garante, no máximo, uma remuneração equivalente a 20% ao ano. A proposta da Sulgás colocaria o Rio Grande do Sul como o estado como a mais alta tarifa de gás para a indústria do país, em um nível de 10% acima da Gasmig, de Minas Gerais, e o triplo da tarifa mais barata, que é da Copergás, de Pernambuco. "A proposta da empresa é tão extravagante que até deveria ter sido devolvida pela Agergs para ser refeita", afirma Portella, por meio de nota.
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