Governo do RS analisa potencial alternativo do carvão

Estado que concentra 89% das reservas brasileiras de carvão, o Rio Grande do Sul tenta tirar do papel o polo carboquímico. Por isso o potencial do mineral existente no solo gaúcho foi tema de seminário promovido pela Sociedade de Engenharia do RS (Se...
Governo do RS analisa potencial alternativo do carvão

Estado que concentra 89% das reservas brasileiras de carvão, o Rio Grande do Sul tenta tirar do papel o polo carboquímico. Por isso o potencial do mineral existente no solo gaúcho foi tema de seminário promovido pela Sociedade de Engenharia do RS (Sergs) nesta terça-feira (14), em Porto Alegre. O Estado já tem uma política de incentivo ao uso diversificado do carvão e o projeto do polo carboquímico do Rio Grande do Sul, com dois complexos, um na Campanha e outro no Baixo Jacuí, ambos criados pela Lei n° 15.047, de 29 de novembro de 2017. Estudos revelam que esse complexo integrado deve proporcionar expansão de R$ 23,4 bilhões no PIB, R$ 3 bilhões em ICMS e gerar 7,5 mil empregos diretos e indiretos até 2042.

“Nosso grande desafio é transformar esse precioso bem natural em emprego e receita de forma sustentável. Para isso, estamos conduzindo com grande responsabilidade e apoiando uma ampla discussão com a sociedade de que forma podemos gerar desenvolvimento socioeconômico sem comprometer o ambiente para as próximas gerações”, destacou o governador Eduardo Leite, por meio de gravação, já que ele se encontra nos Estados Unidos. 

O presidente da Sergs, Luís Roberto Ponte, destacou que o potencial do carvão vai muito além do uso como combustível. As tecnologias avançaram bastante, tanto na mineração como na transformação do mineral, permitindo produzir gás natural e produtos químicos que o RS inclusive precisa, como o metanol (insumo da cadeia do biodiesel e da indústria química) e amônia e ureia (uso na indústria de fertilizantes). Todos esses insumos o Estado importa praticamente na totalidade para atender à demanda.

“Claro que precisamos pensar e ter responsabilidade com o ambiente e a sustentabilidade, mas, para isso, temos engenheiros que calcularão todos os riscos, além de órgãos como Fepam, que só emitirá licenças se tudo estiver regular, e de fiscalização, como Ministério Público. Todos garantirão a condução segura desse processo”, afirmou Ponte. O seminário tem quatro painéis, com especialistas de diversas áreas e até mesmo participações internacionais, que trarão exemplos de outros países e discutirão os desafios no Rio Grande do Sul.

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Quinta, 12 Dezembro 2024

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