DNIT: R$ 1 bilhão por ano no próximo triênio transformaria situação das rodovias federais catarinenses
O superintendente regional do DNIT em Santa Catarina, Alysson Rodrigues, avaliou que seriam necessários R$ 1 bilhão por ano no próximo triênio em investimentos nas rodovias federais sob a responsabilidade do órgão para melhorar significativamente a trafegabilidade e a qualidade das vias. A estimativa levou em conta investimentos em obras já em andamento, novos investimentos já em fase de projeto e também a recuperação e manutenção de rodovias por todo o estado. A afirmação de Rodrigues foi feita durante a reunião conjunta do conselho estratégico para infraestrutura de transporte e logística catarinense e da câmara de transporte e logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) que ocorreu na quinta-feira (4) durante a programação da Feira Internacional de Negócios (FIN), em Florianópolis.
Ele destacou que a previsibilidade e a continuidade são essenciais para o planejamento do DNIT, considerando que os investimentos são de longo prazo. "É muito importante que as entidades representativas se manifestem e chamem a atenção para os gargalos e problemas e para a necessidade de continuidade e finalização de obras, para que possamos ter essa previsibilidade de recursos". O presidente da câmara de transportes e logística da Fiesc, Egídio Martorano corrobora a importância da previsibilidade e da boa gestão dos recursos. "A FIESC vem defendendo que a previsibilidade é essencial e para isto é importante haver uma articulação para garantir do Governo Federal recursos ao longo do tempo, dentro das possibilidades e restrição fiscal. Isto somado ao esforço dos nossos parlamentares no sentido de prover recursos via emendas coletivas e individuais. Com estes recursos garantidos cabe ao DNIT uma boa gestão das obras, abrindo frentes de trabalho, de maneira a se evitar as paralizações de obras estratégicas para o Estado Precisamos ser capazes de nos planejar, de saber quanto dinheiro teremos disponível para conseguir priorizar esses investimentos em infraestrutura", afirmou.
"Reconhecemos que os investimentos federais estão chegando. Em 2023 foi um investimento recorde de R$ 1 bilhão dos R$ 1,4 bilhão previstos no Orçamento da União. Mas a demanda é por maior previsibilidade e melhor gestão desses recursos, para que se possa ter uma programação de obras", destacou Martorano. Para o DNIT, 2023 foi um ano de muitos desafios para o órgão, com demandas decorrentes de eventos climáticos, por exemplo, que foram desafiadoras. "A manutenção foi um desafio imenso em SC no ano passado, com a necessidade de resposta rápida do DNIT. Na nossa avaliação periódica das rodovias sob nossa responsabilidade, identificamos que 22% estão classificadas como ruins ou péssimas. A meta para 2024 é reduzir esse número pela metade", afirmou. A priorização da manutenção, em detrimento do início de novos projetos, foi comemorada pelos participantes da reunião. "Estamos com 11 emergências, R$ 450 milhões sendo investidos para reparar problemas ocasionados por desafios climáticos. Só na BR 470 são 30 pontos, com seis em execução", salientou Rodrigues.
O superintendente do DNIT aproveitou a oportunidade para fazer um balanço das obras em rodovias federais em andamento no estado. De acordo com Rodrigues, no caso da BR 470, há recursos previstos suficientes para concluir as etapas previstas para a rodovia em 2024. Rodrigues informou que restam entre 100 e 110 desapropriações para concluir a duplicação, e que estão previstos para este ano dois mutirões com pouco mais de 60 processos, com recursos já destacados. Ainda de acordo com o DNIT, a BR 470 foi a obra que mais avançou em SC e mais despendeu recursos do DNIT no país. Rodrigues afirmou que o DNIT pretende entregar o viaduto sobre a BR 101 ainda em abril. Já no lote 2, que corresponde à maior extensão de obras, a previsão é de conclusão até o fim de 2024.
O presidente da câmara da Fiesc disse que se a previsão de investimentos na BR 470 se concretizar será uma excelente notícia para o estado, já que coloca o fim da duplicação mais próximo. "O edital da obra previa a sua conclusão para 2017, se garantidos e executados os recursos previstos para este ano, e períodos subsequentes podemos ter um bom desempenho não só na 470, como também para a BRs 280 e 282 e o que é mais importante para a conservação, restauração e manutenção de toda a malha federal – uma demanda da Fiesc ao longo dos anos", afirmou. Em relação à BR 163, no extremo oeste, a expectativa do órgão é concluir a obra em 2025. Rodrigues reconheceu que o órgão está em dívida com as rodovias do oeste catarinense. Segundo ele, não havia contratos de manutenção ativos para as rodovias da região, mas a expectativa é que em 8 de abril a autarquia lance os editais para a contratação.
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