Indústria gaúcha termina o ano sem confiança

ICEI-RS divulgado pela FIERGS chega a 49,5 pontos em dezembro
O resultado do mês ao menos reverte duas quedas consecutivas, sendo que a última, de 10,4 pontos em novembro, com recuo para 48,8, foi a segunda maior da série histórica

Apesar de subir 0,7 ponto em dezembro em relação a novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) termina o ano em 49,5 pontos. Abaixo da linha dos 50, indica ausência de confiança entre os empresários gaúchos. O resultado do mês ao menos reverte duas quedas consecutivas, sendo que a última, de 10,4 pontos em novembro, com recuo para 48,8, foi a segunda maior da série histórica. "A pesquisa mostra que as indefinições em relação ao futuro do país a partir das eleições presidenciais e da forma como a economia será conduzida abalam a confiança da indústria gaúcha", afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, ressaltando ainda que este maior pessimismo é um sinal negativo para a atividade industrial gaúcha nos próximos meses.

A alta do ICEI-RS no mês refletiu apenas a melhora nas expectativas dos empresários com as próprias empresas, pois os demais componentes, especialmente os referentes à economia brasileira, caíram pelo terceiro mês. O Índice de Condições Atuais recuou para o menor patamar desde agosto de 2020: 49,4 pontos em dezembro, 1,2 a menos que novembro. Abaixo de 50, sinaliza piora nas condições dos negócios, impactada, principalmente, pelo Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira, que recuou pela terceira vez seguida, de 50,3 para 47,3 pontos. É o valor mais baixo desde novembro de 2021.

Em dezembro, 26,9% dos empresários afirmaram que a economia brasileira piorou (eram 11,4%, em outubro, e 20,1%, em novembro), ante 17,7% que perceberam melhora (eram 44,6%, em outubro, e 21,6%, em novembro). Já o Índice de Condições das Empresas caiu 0,3 ponto em relação ao mês passado, para 50,5, em dezembro.

Expectativas 

O Índice de Expectativas para os próximos seis meses, por sua vez, aumentou 1,7 ponto em relação a novembro, insuficiente, porém, para alcançar o campo positivo (acima de 50), ficando em 49,6 pontos. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu, pela terceira vez seguida, para 43,1 pontos – o menor valor desde maio de 2020 –, repercutindo o aumento do pessimismo de 36,8%, em novembro, para 43,5% das empresas, em dezembro. O otimismo dos empresários está restrito ao futuro das próprias empresas, cujo índice, único que cresceu no período (+3,3), atingiu 52,9 pontos.

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Quinta, 10 Outubro 2024

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