Faturamento da indústria avançou 11,4% em maio

Alta reflete a retomada da atividade, depois da redução e paralisação nas plantas em março e em abril
O elevado crescimento de maio não foi suficiente para reverter a queda registrada em abril

Faturamento real, horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada cresceram em maio depois de terem registrado seu pior resultado da história recente em abril, deste ano. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e divulgados nesta segunda-feira (6). As altas refletem a retomada da atividade industrial, depois das paralisações em diversas plantas industriais em março e em abril, durante o aprofundamento das medidas de distanciamento social. No entanto, o elevado crescimento de maio não foi suficiente para reverter a queda de abril.

"É importante considerar que o crescimento vem após dois meses de fortes quedas. A Indústria continua bastante desaquecida, mas os resultados de maio mostram que o pior já passou", avalia Renato da Fonseca , gerente-executivo de Economia da CNI. O faturamento real segue 18,2% abaixo do registrado em fevereiro e horas trabalhadas na produção caíram 15,8% na mesma comparação. A ociosidade segue bastante elevada: apesar da alta de 2,6 pontos percentuais, a utilização da capacidade instalada (UCI) segue abaixo dos 70% (veja os dados no gráfico a seguir).

O emprego registrou a quarta queda consecutiva. Mas, em maio, o ritmo foi menor do que no mês anterior. Massa salarial e o rendimento médio pago aos trabalhadores da indústria caíram pelo segundo mês consecutivo.

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Sexta, 22 Novembro 2024

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