Rapidez, flexibilidade e tolerância ao risco

Em tempos passados, era razoável esperar que o dia de amanhã fosse parecido com o de ontem. Na medida em que avançamos em direção ao futuro, as incertezas aumentam, e a tarefa de criar cenários e planos para o longo prazo perde um pouco do peso a cad...
Rapidez, flexibilidade e tolerância ao risco

Em tempos passados, era razoável esperar que o dia de amanhã fosse parecido com o de ontem. Na medida em que avançamos em direção ao futuro, as incertezas aumentam, e a tarefa de criar cenários e planos para o longo prazo perde um pouco do peso a cada dia. Por isso, em vez de investir tempo em abstrações sobre o futuro, é mais proveitoso adotar ferramentas e estratégias que torne as empresas mais rápidas, flexíveis e tolerantes ao risco. 

Só assim a chance será menor de se tornar parte de uma estatística ruim, como a de um estudo realizado em 2014 para medir a velocidade de mudança no ambiente empresarial dos Estados Unidos. Em 1958, as companhias listadas entre as maiores corporações daquele país, permaneciam na lista, em média, por 61 anos. Em 1980, a média de permanência já havia sido reduzida drasticamente, para 25 anos. Em 2011, o número caiu para 18 anos. Neste ritmo, estima-se que 75% das grandes empresas serão substituídas por novas organizações até 2027.

Embora negócios possam surgir e desaparecer por razões distintas, não há dúvidas que a transformação digital tem um papel fundamental nesse processo. Com a enxurrada diária de novas tecnologias e inovações, e com a conectividade beirando metade da população mundial, não há alternativa para as organizações a não ser preparar-se para tempos diferentes.

O desafio consiste basicamente em procurar entender como operar neste novo mercado, vender (o quê e para quem) e crescer no futuro. Em um mundo onde o ritmo de transformação da tecnologia, das ideias e dos conceitos, acelera com uma taxa exponencial, não há forma segura de antecipar o que virá pela frente. Será preciso agir e responder de forma mais rápida. Se errar – processo inevitável em organizações que arriscam dentro de um mercado cada vez mais e competitivo – que faça isso cedo, e logo se corrija. 

O fato é que o turbilhão de mudanças continuará a afetar o mundo dos negócios inexoravelmente, mas não poupará outros elementos da nossa sociedade, como entidades e consumidores. A interligação complexa e crescente de todos os agentes econômicos e sociais, por sua vez, tende a acelerar ainda mais os processos de transformação pelo compartilhamento de dados e informações e pelo trabalho colaborativo. Quem tiver maior capacidade de interpretar esses dados e adaptar-se ao novo estará mais próximo do sucesso.

*Diretor de novos negócios da Embraco.

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Quinta, 12 Dezembro 2024

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