Fiesc reitera posicionamentos da indústria em evento da Ordem do Mérito

Solenidade foi realizada nesta sexta-feira, dia 19, em Florianópolis, com a participação de lideranças industriais e políticas
A Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina reconhece, anualmente, personalidades ou organizações que tenham contribuído para o desenvolvimento da indústria

Na manhã desta sexta-feira (19), a Federação das Indústrias (Fiesc) entregou, por mais um ano, a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, em Florianópolis. Foram homenageados os industriais: Ademir Luiz Dalla Lana (Grupo Medal, de Luzerna), Gilberto Tomazoni (JBS), Maitê Lang (Nugali Chocolates, de Pomerode), Milton Hobus (Royal Ciclo, de Rio do Sul) e Valdir Moretto (UfoWay, de Criciúma). Carlos Rodolfo Schneider, do Grupo H. Carlos Schneider, de Joinville, recebeu a Ordem do Mérito Industrial da CNI, a comenda máxima da indústria nacional. Criada em 2000, a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina reconhece, anualmente, personalidades ou organizações que tenham contribuído para o desenvolvimento da indústria.

Em seu discurso, Aguiar reforçou que o empresário catarinense pode confiar na Fiesc para a defesa enfática da agenda que o país necessita para se desenvolver. "Em nenhum momento, deixamos de dar voz aos posicionamentos do industrial, de forma transparente e corajosa, mas sempre com serenidade, baseados na Constituição e abertos ao diálogo", afirmou. "Empresários como os senhores e as senhoras são imprescindíveis para a construção de uma economia pujante e diversificada, que faz de Santa Catarina um dos estados mais prósperos do país. O Brasil, a cada dia, tem clamado por reformas e tem a oportunidade de contribuir mais com o mundo. Precisamos trazer o Brasil de volta ao jogo", disse o chanceler da Ordem do Mérito Industrial da CNI, Amaro Sales de Araújo. 

O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, defendeu, durante o evento, a livre iniciativa, o direito à propriedade, a independência do Banco Central, a responsabilidade fiscal e as reformas tributária e administrativa. Queremos a reforma administrativa para corrigir um paradoxo do setor público onde os bons não podem ser premiados, sob o argumento da isonomia; nem os maus podem ser penalizados, em função da estabilidade. Queremos a reforma tributária para simplificar e reduzir a carga de impostos", defendeu. 

Conheça os homenageados 

Ademir Luiz Dalla Lana (Grupo Medal, de Luzerna): natural de Herval D'Oeste e filho de agricultores, Ademir é sócio-fundador do Grupo Medal, de Luzerna, formado por três empresas: Medal Bombas Hidráulicas, Medal Fundição e Forty Peças. A Medal começou em 1979 no porão de casa, em Joaçaba, com os irmãos Ademir, Altair e Itacir (in memoriam). Ademir trabalhava no almoxarifado da Triton Máquinas, empresa na qual os irmãos eram metalúrgicos. Depois, Ademir passou no concurso público e foi trabalhar no Banco do Brasil. À noite e aos finais de semana, os irmãos faziam consertos em equipamentos e fabricavam cilindros de massas e eixos para recalcadores. Com o tempo, as demandas foram aumentando, as vendas cresceram e a empresa expandiu-se. Então, Ademir, formado em administração de empresas, deixou o seu trabalho no banco e passou a atuar exclusivamente na empresa da família. Hoje, o grupo emprega 280 profissionais e tem filiais em São Paulo, Recife, Goiânia e Curitiba, além de uma subsidiária nos Estados Unidos. Também tem destacada atuação na comunidade, com apoio a projetos educacionais e sociais.

Carlos Rodolfo Schneider (Grupo H.Carlos Schneider, de Joinville): Natural de Joinville, Carlos Rodolfo Schneider é bacharel e mestre pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Há mais de 20 anos está à frente do grupo empresarial H. Carlos Schneider, formado pelas empresas Ciser (a maior fabricante de fixadores da América Latina), a Ciser Automotive; a FCF (especializada em fixadores para aplicações especiais), a RBE (gestão e comercialização de energia); Hacasa (empreendimentos imobiliários) e a Intercargo (soluções logísticas). O Grupo tem longa história de incentivo a projetos sociais em áreas como cultura, esporte, educação, saúde e proteção animal. Por meio do Instituto ITHIO, o braço social da Ciser, foram investidos mais de R$ 3 milhões apenas em 2021. Além de sua atuação na iniciativa privada, Carlos Rodolfo também foi diretor-presidente da Celesc e do conselho de administração da estatal, presidiu a Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), além de lançar o Movimento Brasil Eficiente (MBE), com foco na eficiência da gestão pública e na simplificação do sistema tributário.

Gilberto Tomazoni (JBS): Natural de Ipumirim, Gilberto é engenheiro mecânico formado pela UFSC, com pós-graduação em gestão e vasta experiência na indústria global de alimentos. Profissionalmente, iniciou sua carreira na Sadia, em Concórdia, em 1983. Começou como engenheiro trainee e foi diretor-presidente de 2005 a 2009. Por três anos, ocupou o cargo de vice-presidente da Bunge Alimentos e, em 2013, ingressou na JBS S.A. como presidente global de negócios. Liderou, como CEO, a transformação da Seara Alimentos, comprada pela JBS em 2013. Já em 2015, assumiu a presidência global de operações, além das operações no Brasil, e passou a contribuir com o desenvolvimento dos negócios da empresa no exterior: Estados Unidos, Europa, México, Austrália, Canadá, entre vários outros mercados. Desde 2018, é o CEO e presidente global da JBS S.A, preside o conselho de administração da empresa americana Pilgrim´s Pride Corporation e da Excelsior Alimentos S.A. A JBS é a maior empresa de alimentos do mundo e registrou um faturamento global de mais de R$ 300 bilhões em 2022.

Maitê Lang (Nugali Chocolates, de Pomerode): Natural de Pomerode, Maitê tem 48 anos e é formada em engenharia de produção pela UFSC, em 1997. Logo após a graduação, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou em empresas como Andersen Consulting, Volkswagen-Audi e Embraer. Nas muitas viagens internacionais a trabalho, Maitê recebia encomendas frequentes para trazer chocolates de países europeus, por exemplo. Isso a fez pensar se não haveria um nicho no Brasil para chocolates de alta qualidade. Inspirada pelo pai, o industrial Cid Lang, ela sonhava em um dia fundar a própria indústria. Então, em 2004, nasceu a Nugali Chocolates, em Pomerode. Com as economias e o conhecimento em grandes indústrias, ela iniciou a empresa com dois colaboradores - atualmente são quase 60. O marido, que conheceu em São Paulo, Ivan Blumenschein, logo se juntou à Maitê. Hoje, a companhia tornou-se a marca de chocolates brasileira mais premiada no mundo e transformou a fabricação do produto em atração turística em 2021: recebe cerca de 150 mil visitantes por ano na sua sede.

Milton Hobus (Royal Ciclo, de Rio do Sul): Nascido em Rio do Sul, Milton Hobus é industrial e político. Perdeu o pai aos cinco anos, trabalhou na roça e, com 13 anos, conseguiu o seu primeiro emprego, como faxineiro, numa indústria de caldeiras próxima à sua casa. Passou a ocupar funções como auxiliar de escritório, compras, vendas e foi diretor da companhia até 1984. Em 1985, ele e Horst Bremer compraram a Metalúrgica Ciclo, indústria de peças de bicicletas na qual o pai de Hobus trabalhou. Hoje, a empresa se chama Royal Ciclo e é a segunda maior fabricante mundial de pedais e a maior fabricante de peças e componentes para bicicletas da América Latina. Fornece componentes para montadoras como Caloi, Houston Bike e Nathor. Também é responsável por mais de 80% do mercado de reposição no Brasil e exporta para a América do Sul e México. Tem cerca de 200 colaboradores e fatura mais de R$ 150 milhões por ano. No campo político, Hobus foi prefeito de Rio do Sul, secretário de estado da Defesa Civil e deputado estadual por dois mandatos, cargo em que se destacou pela atuação na manutenção da política de incentivos fiscais em SC.

Valdir Moretto (UfoWay, de Criciúma): Natural de Siderópolis, Valdir morava na roça com a família, e, aos 17 anos, mudou-se para Criciúma e trabalhou por um ano numa concessionária de automóveis. Depois, atuou como mecânico na área de mineração, mas sempre sonhou em ter o seu próprio negócio. Em 1988, aos 34 anos, tornou-se sócio minoritário da empresa do seu cunhado e a parceria durou cinco anos. Então, Valdir começou a comprar e vender saldos de peças de roupas e também lançou a Golden Jeans, marca que era vendida na fronteira do Rio Grande do Sul e Uruguai, mas que, anos depois, com o fechamento da fronteira, os negócios foram encerrados. Diante dessa situação, a empresa precisou se reinventar e Valdir entrou no ramo private label, com a fundação da UfoWay, que fabrica produtos para grandes nomes da moda nacional e internacional. A companhia, que completou 30 anos em 2022, emprega mais de 900 profissionais e tem um parque fabril de 17 mil m², localizado em Criciúma. A empresa também se destaca nas áreas social e ambiental. No campo social, está à frente de um projeto na Penitenciária Sul Feminina, que capacita mulheres para o mercado de trabalho. Na área da sustentabilidade, a UfoWay instalou um sistema com capacidade para tratar todo o efluente gerado.

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Comentários: 1

Jurandyr da Silva Paulo em Terça, 23 Mai 2023 21:20

O meu comentário e que desde 1967 que visitei Sta Catarina pela vez primeira e desci em Joinville e fiquei encantado com a simplicidade da Cidade e o futuro que a aguardava , simples , tranquila , limpa e organizada ja se previa como o município mais encantador para se morar e passados mais de 50 anos ganha a premiacao em primeiro lugar como a cidade mais encantadora para se viver e assino embaixo com prazer inexorável.

O meu comentário e que desde 1967 que visitei Sta Catarina pela vez primeira e desci em Joinville e fiquei encantado com a simplicidade da Cidade e o futuro que a aguardava , simples , tranquila , limpa e organizada ja se previa como o município mais encantador para se morar e passados mais de 50 anos ganha a premiacao em primeiro lugar como a cidade mais encantadora para se viver e assino embaixo com prazer inexorável.
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Sexta, 03 Mai 2024

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