Tupy registra receita líquida de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre

A catarinense Tupy reportou geração de caixa operacional de R$ 106 milhões. O lucro líquido do período foi de R$ 24 milhões, crescimento de 33% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A companhia apresentou no período receita líquida de R$ 2,6 bilhões, queda de 6% em relação ao mesmo período de 2024 (veja os principais resultados na tabela ao final desta reportagem). Segundo a empresa de Joinville, a depreciação do real mitigou parcialmente o efeito da redução de 10% dos volumes físicos de vendas, ocasionada pelo desempenho do mercado de veículos comerciais nos Estados Unidos e na Europa.

"O cenário de incertezas observado desde o ano passado se intensificou no segundo trimestre de 2025. A deterioração do ambiente de negócios, impulsionada por conflitos geopolíticos e pelo aumento de barreiras comerciais, tem comprometido a confiança de empresas e consumidores. Esse contexto, combinado com preços de fretes depreciados, impactou negativamente a demanda por veículos comerciais nos mercados norte-americano e europeu, conforme refletido nos resultados divulgados por nossos principais clientes — montadoras líderes nos segmentos de caminhões— que também revisaram para baixo suas projeções para 2025. No Brasil, taxas de juros e políticas de crédito mais restritivas afetaram as vendas de veículos comerciais pesados e extrapesados", avalia a Tupy.

"Apesar dessa retração, nos últimos anos a companhia realizou movimentos importantes de consolidação do mercado. A presença global, com plantas industriais localizadas no Brasil, México e Portugal, representa uma vantagem competitiva relevante. A Tupy segue buscando, de maneira contínua, a eficiência operacional e o retorno sobre o capital acima do seu custo em todas as geografias nas quais está presente, sendo este um dos principais pilares da estratégia da empresa", aponta a empresa em seu relatório trimestral.

"Com o atual cenário, a companhia está adequando sua capacidade produtiva para atender ao mercado, viabilizar novos projetos e melhorar a rentabilidade. Essa reorganização resultará em uma redução de aproximadamente 25% na capacidade instalada em comparação com o cenário pós-aquisição das plantas de Aveiro e Betim, em linha com a estratégia de integração das operações. Os efeitos dessas ações começarão a ser perceptíveis a partir do próximo ano, com impacto anual de R$ 100 milhões em 2026 e R$ 180 milhões a partir de 2027, decorrentes da redução de custos fixos", detalha a Tupy.