Selic em 12,75% já impacta gestora de R$ 30 bilhões
É natural que empresas e pessoas físicas peguem menos crédito quando a Selic acelera, como, por exemplo, quando estava em 13,75% ao ano. O objetivo do Banco Central é frear o consumo e o dinheiro em circulação para forçar a redução de preço de produtos e serviços e, assim, controlar a inflação. E o início do corte de juros já está fazendo efeito na economia. "Muita gente não está enxergando, mas o crescimento do PIB de 2,9% em 2022 e acima de 3% em 2023 colocará o Brasil na vanguarda mundial, e nós já estamos sentindo esse efeito aqui na Multiplike", revela Volney Eyng, economista e CEO da emprea. Com mais de R$ 30 bilhões cedidos em crédito nos últimos anos, a Multiplike está entre as 10 maiores gestoras multissacado e multicedente do país. "O empresário não toma crédito se não existe previsibilidade do que acontecerá no futuro. O mercado esperava [o novo corte de 0,5%] e isso passa segurança e previsibilidade", afirma.
Para a Multiplike, desde a primeira queda da Selic, o impacto foi imediato entre as empresas. O mercado de crédito reagiu, já enxergando a perspectiva futura de novos cortes a cada reunião do Copom. "O mercado vem reagindo com força desde o início do corte, e parte do mercado não está enxergando este movimento. O empresário não olha o cenário atual. Para investir, ele enxerga o que vai acontecer no futuro", ressalta. A consequência natural do aumento da busca por crédito é a necessidade de capital, originada dos fundos. Com a queda da Selic, começa a ficar mais difícil encontrar rentabilidade líquida de 1% ao mês e o investidor precisará buscar alternativas para a carteira. "O investidor que gosta de produtos de renda fixa na carteira, seja por ser conservador ou para balancear a carteira, precisará olhar para os produtos de crédito privado e estruturado. Por exemplo, nosso fundo Cota Mezanino entregou 140,88% e a Cota Sênior 127,67% do CDI nos últimos 12 meses. Já vimos este filme antes. Os juros caem, o CDI consequentemente também e os investidores aceleram os aportes. Quanto mais dinheiro temos, mais emprestamos para as empresas e mais a economia acelera. É um círculo virtuoso", finaliza Eyng.
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