Portos secos da Multilog no Sul têm alta no volume até junho

Em Foz do Iguaçu, o aumento de 41,8% foi puxado pelas exportações para o Paraguai
Para o próximo semestre, a retomada econômica traz uma perspectiva otimista para o transporte rodoviário

A Multilog fechou o primeiro semestre com um saldo positivo de volume de caminhões nos portos secos administrados pela empresa em Foz do Iguaçu (PR), Jaguarão (RS), Santana do Livramento (RS) e Uruguaiana (RS). O crescimento foi impulsionado pela recuperação das atividades nas fronteiras que ligam o Brasil aos demais países do Cone Sul.

No Porto Seco de Foz do Iguaçu, com o maior fluxo da América Latina, houve um aumento de 41,8% de fluxo de veículos entre janeiro e junho em comparação ao mesmo período de 2020. Saíram do Porto Seco de Foz do Iguaçu 98.509 veículos no semestre, enquanto o total foi de 69.452 no mesmo intervalo do ano passado.

"As exportações para o Paraguai estão em alta, em especial, cimento, para atender a uma série de grandes obras naquele país. Fertilizantes e maquinário também estão sendo levados para o agronegócio. Com isso, em seguida, esperamos um movimento grande de importação, com o escoamento da produção de grãos do Paraguai com destino ao Brasil", explica Francisco Augusto Silva Damilano, gerente de operações das fronteiras da Multilog.

O Porto Seco de Santana de Livramento registrou um crescimento de 63% no volume de veículos de janeiro a junho em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, 5.759 veículos passaram pela estação aduaneira, enquanto que no mesmo período de 2020, o fluxo foi de 3.530 caminhões. Em Santana do Livramento, o forte tem sido a exportação de peças para uma fábrica de papel que está sendo erguida em território uruguaio.Na importação, o principal fluxo de produtos são: embalagens, couro, produtos farmacêuticos e trigo.

Em Uruguaiana, no segundo maior porto seco de fronteira da América Latina, houve um crescimento de 37,1% no fluxo de veículos no primeiro semestre de 2021, com 70.013 veículos, enquanto que no primeiro semestre do ano anterior, 51.050 caminhões passaram pela estação aduaneira. O porto seco foi beneficiado pela exportação de carros e produtos como bobinas de aço e vinhos, oriundos do Chile.

O Porto Seco de Jaguarão apresentou alta de 14,8% no volume de tráfego no primeiro semestre deste ano, com um fluxo de 13.379 veículos. O avanço foi influenciado pela produção de arroz do Uruguai, assim como cítricos, soja e carne bovina.E levam para aquele país bananas e um grande fluxo cerâmico, com tijolos.

Para o próximo semestre, a retomada econômica traz uma perspectiva otimista para o transporte rodoviário. "Sabemos que outros fatores podem impactar o tráfego nas fronteiras, como a alta do dólar, mas o segundo semestre tradicionalmente também é melhor que o primeiro. O que vemos agora, a rigor, não é crescimento ainda, mas uma retomada bastante importante, e ela se dá em todas as fronteiras que operamos.", comenta Damilano.

Além disso, a falta de chuvas também deve beneficiar os portos secos nos próximos meses. Com os rios em níveis baixos e sem perspectiva de chuvas, as barcaças não podem navegar e a produção tem de escoar por terra.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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