Pandemia faz Banrisul rever projeção de crescimento da carteira de crédito

Banco estima avançar entre 7% e 12% no ano
O banco seguirá com a estratégia de fechar agências não rentáveis no estado

Ao anunciar seu resultado trimestral, o Banrisul refez suas projeções para o crescimento da carteira de crédito neste ano. Agora o banco estima crescer entre 7% e 12%. O guindance anterior era entre 10% e 15%. A principal causa para a queda foi o pico da pandemia entre fevereiro e abril que prejudicou a comercialização dos serviços oferecidos pelo Banrisul. Na época, por exemplo, as agências tiveram de contar com 25% de funcionários e o atendimento era feito apenas por agendamento prévio. "A revisão foi necessária, pois não conseguiremos compensar a perda de julho até dezembro", explicou Cláudio Coutinho, presidente do banco.

Ele também adiantou que o banco seguirá com a estratégia de fechar agências não rentáveis no estado. No entanto, Coutinho não revelou qual a estimativa total para o encerramento de unidades até o final deste ano. Perguntado sobre a busca de um investidor para a subsidiária Banrisul Cartões, Coutinho afirmou ser necessário, pois o banco não teria condições de competir nacionalmente com grandes players do setor. "Uma boa gestão de risco não recomenda que façamos isso sozinho. A Linx adquiriu a Stone dando um cheque de R$ 6,7 bilhões. O patrimônio do Banrisul é de R$ 8 bilhões", comparou.

Resultados
O Banrisul alcançou, no segundo trimestre, lucro líquido ajustado de R$ 281,9 milhões, representando uma expansão de 135,3% frente igual período de 2020. No primeiro semestre, o resultado ajustado atingiu R$ 560,8 milhões, 48,6% acima do registrado no mesmo período de 2020. O crescimento do período reflete, especialmente, o menor fluxo de despesa de provisão para perdas de crédito, a redução das despesas de pessoal, margens financeiras pressionadas, além do consequente maior volume de tributos sobre o lucro.

A carteira de crédito registrou saldo de R$ 36,6 bilhões em junho de 2021, incremento de R$ 674,2 milhões ou 1,9% nos 12 meses, período em que a estratégia comercial se manteve voltada à seletividade na concessão de novos créditos. Como resultado desta estratégia, o índice de inadimplência acima de 90 dias, em junho de 2021, foi de 2,23% e permanece nos menores níveis históricos registrados pelo banco.

As operações de crédito comercial pessoa jurídica apresentaram saldo de R$ 6,2 bilhões em junho de 2021, com crescimento de R$ 210,3 milhões ou 3,5% em relação a junho de 2020. O resultado é devido, principalmente, às linhas de capital de giro, diante do aumento dos volumes concedidos em linhas emergenciais de acesso ao crédito, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), e o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac).

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Sexta, 26 Abril 2024

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