Lucro da Lojas Renner cai 36,3% no segundo trimestre

Receita apresenta queda de 6% em razão do cenário econômico ainda desafiador
A companhia investiu R$ 235,9 milhões no segundo trimestre, valor 13,3% superior ao igual período de 2022

A Lojas Renner anunciou que teve uma receita líquida 6% menor no segundo trimestre deste ano, enquanto o lucro líquido caiu 36,3%, para R$ 229,7 milhões (veja os principais resultados na tabela ao final desta reportagem). O lucro líquido do trimestre foi inferior ao mesmo período de 2022 em razão da menor geração operacional dos segmentos de varejo es erviços financeiros. De acordo com a companhia, "observou-se um cenário de vendas mais desafiador, especialmente nos meses de abril e maio". O Dia das Mães foi alinhado à dinâmica geral do trimestre e com clientes buscando produtos com menores tickets e comprando menos itens por sacolas. "O mês de junho, por sua vez, apresentou desempenho superior, com crescimento de peças ante o ano anterior", informa a Renner em seu comunicado trimestral.

"O contexto macroeconômico ainda desafiador, com inflação acumulada, juros elevados e inadimplência pressionada, seguiu afetando o poder de compra e comportamento dos clientes. Esse impacto foi mais pronunciado nas lojas de perfil popular, que estão expostas a consumidores mais sensíveis a preço. Diante disto, foram efetuadas ações para melhoria de percepção de preço, através de modificações no visual merchandising e execução, priorizando a exposição dos produtos de faixa de entrada, bem como melhorando a oferta de itens mais acessíveis. Como consequência, no mês de junho, houve melhora na percepção de preço pelo cliente e redução do gap de performance entre as lojas em praças mais populares e os demais formatos, tendência que seguiu até o momento", detalha a empresa.

A Renner alerta ainda que a base de comparação é bem diferente dos períodos anteriores. "É importante destacar a forte base de comparação do segundo trimestre de 2022, marcado pelo crescimento expressivo dos volumes naquele período (+40,6% ante o mesmo intervalo de 2021), devido à combinação de demanda reprimida pós-pandemia e condições climáticas favoráveis para a venda da coleção de inverno, cuja dinâmica foi diferente neste ano. No segundo trimestre de 2022, a companhia apresentou vendas bastante superiores ao PMC de Vestuário do IBGE [pesquisa mensal do comércio], o que influenciou o desempenho até maio de 2023. Vale mencionar que, na comparação com 2019, o crescimento de vendas da empresa foi de 47,8%, uma evolução sequencial ante janeiro e março deste ano (31%), fruto das melhorias de execução realizadas", sublinha a Renner.

A companhia investiu R$ 235,9 milhões no segundo trimestre, valor 13,3% superior ao igual período de 2022. "Os aportes foram maiores, em função, principalmente, do contínuo investimento nas frentes tecnológicas e na intensificação do processo de remodelação, que contribuirá para o ganho de produtividade nas lojas, não obstante os menores gastos em logística, relacionados ao centro de distribuição de Cabreúva (SP)", explica a varejista. Em novas lojas aporte foi de R$ 49,4 milhões, valor 31,5% menor do que o intervalo entre abril e junho do ano passado. "Os valores foram menores, pois as instalações se concentraram mais no primeiro semestre. Ainda, neste trimestre, houve a inauguração de quatro unidades da Renner, quatro da Youcom e duas da Ashua, em linha com o plano de expansão previsto para o ano de 15 a 20 lojas Renner, sendo 75% em novas praças, 10 a 15 Youcom e cinco Ashua", informa a empresa. A Lojas Renner é a 12ª maior empresa da região e também a quarta maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC, com base nos balanços de 2021. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

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Domingo, 28 Abril 2024

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