Lojas Renner tem primeiro prejuízo em nove anos
A Lojas Renner apresentou queda de 14,5% nas vendas no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2019. No acumulado anual, a retração é maior (-33,2%), com faturamento de R$ 3,7 bilhões. A varejista teve prejuízo de R$ 82,9 milhões entre julho e setembro. É o primeiro prejuízo reportado pela companhia desde 2011. No entanto, no acumulado anual o lucro é de R$ 742,3 milhões em razão de um ganho de causa envolvendo ICMS que levou ao caixa mais de R$ 1 bilhão no segundo trimestre (veja os principais indicadores na tabela ao final desta reportagem).
Segundo a Renner, o terceiro trimestre iniciou com 31% das lojas temporariamente fechadas, em função dos desdobramentos da Covid. No entanto, ao final de agosto, todas as unidades já estavam operando, ainda que com restrições de funcionamento. "Após a reabertura, as unidades funcionaram com limitações na quantidade de dias e horas de operação, assim como no acesso aos provadores e nas regras de distanciamento social. Estas restrições, somadas ao comportamento do consumidor, ainda inseguro quanto à circulação em espaços públicos, resultou em um fluxo abaixo do normal, porém com conversão e número de peças por sacola
mais elevados", informa a companhia. Assim, o desempenho foi impactado no período, com redução de 17,2% das vendas em mesmas lojas, mas apresentando melhora relevante ao longo do trimestre e também em outubro.
A Renner evidencia que, na medida em que a situação da pandemia foi melhorando em algumas localidades, os consumidores passaram a frequentar mais as lojas e, com isso, o fluxo médio evoluiu de forma importante, estando, em setembro, alinhado aos patamares do ano anterior. O movimento fica bastante evidente em algumas regiões, como o Norte e o Nordeste, em que a circulação das pessoas já se normalizou e, da mesma forma, a performance das lojas. Mesmo nas localidades em que atualmente ainda exista algum nível de restrição na operação, como é o caso de São Paulo, Minas Gerais e de estados da região Sul, há uma melhora gradual, na medida em que as limitações são flexibilizadas pelos governos locais e, com isso, a mobilidade é retomada", prevê a companhia.
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