Kepler Weber vê lucro praticamente dobrar em um ano
O balanço trimestral da Kepler Weber revela crescimento de 96,7% no lucro líquido da empresa, no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. Em valores, saltou de R$ 8,7 milhões para R$ 17,2 milhões. O relatório também indica uma margem líquida de 7,3%, avanço de 0,4 ponto percentual se comparados os dois períodos. A companhia destaca que a geração de caixa no último trimestre foi de R$ 32,9 milhões, "sendo que o capital de giro do período consumiu R$ 55,5 milhões, dado ao nível de atividade".
O documento revela também que, no último trimestre, a Kepler Weber mais que dobrou investimentos, na comparação com os três últimos meses de 2020, atingindo R$ 12 milhões. Segundo o balanço da companhia, o maior volume investido, R$ 8,5 milhões, foi destinado à modernização e expansão da capacidade produtiva. A empresa aplicou ainda R$ 1,5 milhão em tecnologia da informação, R$ 1,2 milhão no atendimento às normas regulamentadoras e reformas e R$ 800 mil em desenvolvimento de novos produtos (veja os principais indicadores da companhia ao final desta reportagem).
"A expansão de investimentos sinaliza que a companhia está confiante com o cenário para 2021, mas é importante destacar que revisamos a estratégia de investimentos durante a pandemia", sinaliza Piero Abbondi, CEO da Kepler Weber. "Este otimismo, para este ano, se deve a condições macroeconômicas favoráveis, com bom momento do agronegócio, agricultores capitalizados por conta da valorização das commodities, além da valorização do dólar", aponta.
O documento com os resultados financeiros da empresa traz ainda uma receita operacional líquida 85,3% maior nos três primeiros meses deste ano quando comparados com igual trimestre de 2020, passando de R$ 127,5 milhões para R$ 236,2 milhões. É o melhor resultado nominal para o primeiro trimestre desde 2014, primeiro ano de ação do Plano para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na comparação com o último trimestre do ano passado, quando a receita líquida foi de R$ 248,1 milhões, houve redução de 4,8%.
Áreas de negócios
Armazenagem voltada para o mercado interno segue como a principal área das operações da Kepler Weber, com 72,3% da receita líquida. No primeiro trimestre deste ano, o setor atingiu R$ 170,7 milhões, crescimento de 119,9% em relação a igual período de 2020. Na comparação com o último trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,4%. "Historicamente, o primeiro trimestre apresenta patamar de faturamento inferior ao quarto trimestre devido à sazonalidade", explica o relatório. Respondendo por 13,5% da receita líquida, a área de negócio voltada para reposição e serviços avançou "muito acima da média histórica", 57,4% no primeiro trimestre de 2021 em comparação com igual período de 2020. Saltou de R$ 20,2 milhões para R$ 31,8 milhões.
A empresa destaca a importância dos centros de distribuição, posicionados estrategicamente nas diferentes regiões do país, "mostrando também forte sincronização com o bom momento do mercado. A abertura do quinto centro de distribuição em Cuiabá (MT), em julho de 2020, contribuiu com este crescimento", afirma o relatório. A Kepler também pontua que dificuldades na cadeia de suprimentos impactaram no resultado quando comparado com o último trimestre de 2020, com redução 12,5%.
O setor de exportação da companhia também cresceu em receita líquida e responde hoje por 9,8% do faturamento, com R$ 23,1 milhões no primeiro trimestre deste ano contra R$ 15,1 milhões no mesmo período de 2020, expansão de 53,6%. No comparativo com o último trimestre do ano passado, houve queda de 1,7%. A empresa explica que dificuldades enfrentadas pela cadeia de suprimentos levaram a atrasos de embarque de alguns pedidos e reduziu de forma temporária o volume de faturamento nessa unidade de negócio.
O balanço mostra ainda que movimentação de granéis sólidos respondeu por 4,4% da receita líquida da empresa entre janeiro e março. O setor teve redução de 28,1% e 54,8% na comparação com o primeiro trimestre e o último trimestre de 2020, respectivamente. A redução, segundo a Kepler, ocorre por conta da sazonalidade comum nesta área de negócio, onde as vendas são de grandes projetos que alternam períodos de alta e de baixa concentração de faturamento.
A Kepler Weber é a 167ª empresa da região e a 62ª do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
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