Despesas financeiras trazem prejuízo para a BRF no segundo trimestre
A BRF, a segunda maior empresa da região, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, reportou receita líquida de R$ 11,6 bilhões no segundo trimestre e crescimento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2020. O lucro bruto totalizou R$ 2,2 bilhões, aumento de 12,5% no comparativo com o segundo trimestre do ano passado. Mesmo com a evolução do resultado operacional, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 199 milhões entre abril e junho, impactado principalmente pelos efeitos inflacionários e cambiais nas despesas financeiras. Veja os principais indicadores na tabela ao final desta reportagem.
Um dos destaques do período foi o avanço na Visão 2030, com a expansão da atuação em pet food, pela aquisição do Grupo Hercosul e da Mogiana Alimentos, empresas com atuação nas categorias premium, super premium e super premium natural, no segmento de alimentos para cães e gatos, que tiveram receita combinada de aproximadamente R$ 750 milhões nos últimos doze meses – ainda não reportada no balanço. Com o movimento, a companhia catarinense se tornou um dos três maiores players do mercado de pet food nacional, com participação de aproximadamente 10%.
No segmento de proteínas alternativas, a BRF fez o primeiro investimento em forma de Venture Capital na Aleph Farms, startup israelense que desenvolve carne cultivada a partir das células de animais, no valor de US$ 2,5 milhões, marcando a participação nesta iniciativa sustentável e pioneira na cadeia global de alimentos. Destaque também para a expansão da linha Sadia Veg&Tal com o lançamento de almôndegas, kibe e carne moída.
No Brasil, a empresa apresentou crescimento de receita líquida, fruto de maiores volumes e melhoria do mix de produtos e canais, o que proporcionou mitigação parcial do aumento de custos dado o cenário inflacionário de matérias-primas (sobretudo grãos, embalagens e fretes) e gastos extraordinários com prevenção e combate aos efeitos da pandemia.
No segmento Internacional, as exportações avançaram com a retomada da demanda dos mercados. Na Arábia Saudita, houve uma recuperação do consumo com o reaquecimento da economia e aumento do turismo religioso. A Turquia também se destacou, com o crescimento de 42,7% ao ano nas exportações, após a reabertura dos mercados. Na Ásia, a demanda por proteína se manteve aquecida, principalmente na China, com aumento de volumes e preços em dólares.
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