A embalagem que vira adubo

Feita de aipim, bioembalagem produzida pela empresa "Já fui mandioca" se transforma em fertilizante em 90 dias
Empresa desenvolveu bioembalagens 100% ecológicas e feitas de fécula da planta

Pensando em oferecer uma solução biodegradável ao excesso de embalagens descartáveis no meio ambiente, a "Já fui mandioca" desenvolveu bioembalagens 100% ecológicas e feitas de fécula da planta. Segundo o CEO da empresa, Stelvio Mazza, os produtos viram adubo em até 90 dias.

"Costumo dizer que nos inspiramos na melhor embalagem que existe no mundo que é a casca das frutas, pois permanece perfeita enquanto a fruta necessita dessa proteção. Depois, volta para a natureza. Por isso, nossas embalagens vêm da terra, através da mandioca, e voltam para a terra em forma de adubo", explica. O empresário abandonou uma carreira em multinacionais de tecnologia em busca de um propósito maior e um mundo mais sustentável. Assim, criou a "Já fui mandioca".

Mazza será palestrante e contará sobre o desenvolvimento da empresa no Open Food Innovation Summit, evento que terá edição 100% on-line e interativa nos dias 14 e 15 de outubro. "Vou falar sobre várias vertentes da sustentabilidade e sobre embalagens que cumprem um ciclo da economia circular. Também quero explicar melhor palavras do universo ecológico, pois muitas vezes, algo parece sustentável, mas não é", destaca.

Ele afirma que seus principais clientes são grandes empresas preocupadas com o destino das embalagens, como Google e Uber, e restaurantes veganos/vegetarianos e orgânicos. "Dobramos nosso faturamento em 2019, comparando com 2018, e seguimos com aumento agora em 2020. Estamos lançando uma linha de embalagens para sorvetes que vira adubo em 20 dias no jardim, com água da chuva", antecipa. A empresa, no entanto, não revela seu faturamento.

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Quarta, 11 Dezembro 2024

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