Tragédia climática no Sul provocou prejuízo bilionário no turismo em maio

Confederação do comércio estima uma perda diária média de R$ 49,2 milhões
A proximidade da alta temporada pode agravar essas perdas, já que, historicamente, as receitas do setor crescem em cidades como Gramado que também foi afetada pelas cheias

A tragédia climática no Rio Grande do Sul pode desacelerar a expansão do turismo nacional em maio. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima uma perda diária de receitas no turismo gaúcho de R$ 49,2 milhões, totalizando R$ 1,3 bilhão no mês, o que corresponde a cerca de 56,5% da receita mensal prevista. A proximidade da alta temporada pode agravar essas perdas, já que, historicamente, as receitas do setor crescem, em média, 13% em relação à baixa temporada. Em 2023, o volume de receitas do turismo gaúcho foi de R$ 28,9 bilhões, representando 6% do total do país.

"A tendência é que, às vésperas da alta temporada de inverno, que é importante na Região Sul, o setor registre perdas em relação ao ano passado", explica o economista da CNC responsável pelas estimativas, Fabio Bentes. A infraestrutura de transporte no Rio Grande do Sul foi severamente afetada e prejudicou o fluxo de viajantes, especialmente pelo fechamento do aeroporto Salgado Filho, responsável por 91% do fluxo de passageiros no estado. O Ministério de Portos e Aeroportos autorizou o uso da Base Aérea de Canoas como alternativa, com 35 voos semanais, equivalentes a pouco mais de 10% da capacidade operacional do aeroporto principal. Por terra, o fretamento turístico também sofreu redução significativa em maio, com queda de 39% na quantidade de passageiros transportados com destino ao Rio Grande do Sul, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

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Quinta, 21 Novembro 2024

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