Prévia da inflação fecha o ano com alta de 4,72%
A prévia da inflação ficou em 0,4% em dezembro, 0,07 ponto percentual maior que a de novembro, quando variou 0,33%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de transportes, que foi puxado pelas passagens aéreas. Em 2023, esse subitem acumulou alta de 48,11%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado pelo IBGE. No ano, o índice da prévia da inflação foi de 4,72%. Entre os nove grupos pesquisados, sete registraram alta em dezembro. O grupo de transportes foi responsável pela maior variação (0,77%). Contribuiu para esse resultado a passagem aérea, que subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês.
Além disso, serviços como o táxi, por exemplo, apresentou alta de 0,83% devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo (2,8%), a partir de 28 de outubro; ônibus urbano (1,91%), influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro; e trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, com alta de 6,67% em São Paulo, que haviam registrado queda de 6,25% em novembro, em decorrência da gratuidade concedida nos transportes metropolitanos para toda a população nos dias de realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Por outro lado, nos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular (0,08%) registrou alta. Em Alimentação e bebidas, que apresentou avanço de 0,54%, a alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro, influenciada, em grande parte, pela alta em itens básicos na alimentação das famílias, como a cebola (10,63%), a batata-inglesa (10,32%), o arroz (5,46%) e as carnes (0,65%). Por outro lado, o tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram de preços. Já a alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação ao mês de novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,5%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior.
Em habitação, que registrou variação de 0,48%, a energia elétrica residencial subiu 0,82%, com influência de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência da pesquisa: de 5,91% em Goiânia (2,97%), a partir de 22 de outubro; de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo (1,66%), a partir de 23 de outubro; de 9,65% em Brasília (1,35%), a partir de 22 de outubro; e deflação de 1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,59%), a partir de 22 de novembro. Já a alta da taxa de água e esgoto (1,43%) foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 14,43% em Fortaleza (6,28%), a partir de 29 de outubro; de 10,23% no Rio de Janeiro (10,23%), a partir de 8 de novembro e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de novembro; de 15,76% em Belém (9,21%), a partir de 28 de novembro; e de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,15%), a partir de 1º de dezembro.
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