Parcelamento sem juros no cartão de crédito deve ser mantido, defende Febraban
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito. Segundo nota enviada para a imprensa, a entidade participa de grupos multidisciplinares que analisam as causas dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo, de um lado, e, de outro, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras. "Portanto, nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia", sublinha o comunicado assinado por Isaac Sidney, presidente da Febraban.
"Defendemos que o cartão de crédito deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias. Isso porque estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito. Para tanto, é necessário debater a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros. Os estudos da Febraban mostram, ainda, que o prazo de financiamento impacta diretamente no custo de capital e no risco de crédito, e a inadimplência das compras parceladas em longo prazo é bem maior do que na modalidade à vista, cerca de duas vezes na média da carteira e três vezes para o público de baixa renda", detalha a nota.
De acordo como o comunidade a entidade reitera que continuará perseguindo uma solução construtiva que passe por uma transição gradual, para que se alcance a convergência que, ao mesmo tempo, beneficie os consumidores e garanta a viabilidade do produto para os elos que atuam na indústria do cartão de crédito, como bandeiras, bancos emissores, adquirentes (maquininhas), lojistas e consumidores.
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