Oito em cada dez brasileiros consideram taxa de juros o maior peso sobre o custo de vida
O "Monitor do Custo de Vida 2025", lançado pela Ipsos na semana passada, analisa como as pessoas em 30 países percebem sua situação financeira em meio a um cenário de múltiplas crises – econômicas, sociais e climáticas. Esta é a 7ª edição da pesquisa global. A pesquisa mostra que mesmo diante de um contexto global desafiador, os brasileiros possuem uma das visões mais otimistas sobre o futuro financeiro, mas seguem atentos à inflação, aos juros e à carga tributária que pesam no orçamento familiar. "Essa combinação acontece porque, embora o presente ainda seja percebido como apertado, a população identifica sinais, ainda que modestos, de melhora estrutural e acredita na própria capacidade de recuperação. O resultado é um país que reconhece a pressão do agora, mas enxerga espaço para avançar no médio prazo", analisa explica Marcos Calliari, CEO da Ipsos Brasil.
O custo de vida segue como questão sensível: 79% dos brasileiros apontam as taxas de juros como o principal fator que encarece o dia a dia, seguido pelo estado da economia global (73%) e pelas políticas do governo (72%). Em relação às despesas familiares, embora o Brasil apresente níveis de preocupação inferiores à média global em todos os quesitos analisados, a percepção de alta ainda é significativa: 64% acreditam que os custos com alimentação vão subir, e 61% esperam aumento nas contas de energia e gás. No Brasil, a inflação segue no radar: 65% dos brasileiros acreditam que ela vai aumentar, percentual um pouco abaixo da média global de 68%, indicando que, embora o tema ainda preocupe, a percepção de aceleração dos preços é ligeiramente menor por aqui do que no restante do mundo.
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