Mercado reage a ideias de Haddad
Fernando Haddad (PT) tomou posse como Ministro da Fazenda nesta segunda-feira (2). Como resultado imediato do mercado, o Ibovespa caiu 3,06%; o dólar subiu 1,51%; o euro 1,37% e a Petrobras teve uma queda de 6,67%. Para especialistas, o receio pode estar relacionado ao risco fiscal do país e de intervenções muito bruscas na economia, segundo o que já foi apontado pelo ministro. As mudanças estruturais devem ser discutidas com o Legislativo a partir de abril.
Para Haddad, além de trabalhar visando a recuperação das contas públicas, será necessário combater a inflação e fazer com que o país volte a crescer com sustentabilidade, responsabilidade e principalmente com prioridade social. Ele defende que o sistema tributário que está sendo planejado será mais eficiente, ao mesmo tempo que retirará, segundo ele, "peso" das famílias de baixa renda. Além disso, buscará fomentar e aproveitar o potencial brasileiro de gerar novas energias: eólica, solar, hidrogênio e oceânica. "Um Estado forte não é um Estado grande e obeso, mas um que entrega com responsabilidade aquilo que está previsto na Constituição. Não queremos mais nem menos do que os direitos dos cidadãos respeitados, e isso inclui, como não pode deixar de ser, a responsabilidade fiscal. Essas coisas têm de caminhar juntas", argumentou.
Na avaliação do novo ministro, não existe política fiscal ou monetária isoladamente. "O que existe é política econômica, que precisa estar harmonizada ou o Brasil não se recuperará dessa tragédia. Estamos com os juros mais altos do mundo em termos reais e precisamos, sim, buscar entendimento e equilíbrio entre as autoridades fiscal e monetária", afirmou. Já o presidente eleito Lula prometeu rever políticas mais liberais, como a reforma trabalhista e as privatizações de estatais.
*Com Agência Brasil
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