Foco da retomada do crescimento será investimento privado, afirma Salim Mattar

Para secretário, há US$ 1,5 trilhão no mundo para investimentos, principalmente para geração e distribuição de energia, infraestrutura, concessões e saneamento
Para Mattar é preciso reduzir o tamanho do estado, considerado por ele “gigantesco, obeso, lento, burocrático e oneroso para o pagador de impostos”

A retomada do crescimento da economia brasileira será principalmente com capital privado, afirmou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, José Salim Mattar Júnior, em transmissão ao vivo feita pelo deputado Alexis Fonteyne (Partido Novo – SP). De acordo com o secretário, há no mundo US$ 1,5 trilhão disponível para investimentos, principalmente para geração e distribuição de energia, infraestrutura, concessões e saneamento.

"O que precisamos é atrair esse capital estrangeiro através de segurança jurídica, de facilidade de entrada de capital e saída. Acredito que podemos fazer a retomada do crescimento do Brasil principalmente com capital privado", afirmou Salim Mattar. Entretanto, ele disse, a crise gerada pela Covid-19 impede novos investimentos. "Neste presente momento, com o coronavírus, o mercado deu uma reduzida, a bolsa caiu, os investidores estão mais apreensivos, estão um pouco receosos de fazer investimentos. Este não é um momento bom de continuar vendendo ativos", declarou. Para o secretário é preciso reduzir o tamanho do estado, considerado por ele "gigantesco, obeso, lento, burocrático e oneroso para o pagador de impostos".

Salim Mattar disse ainda que a legislação atual torna lento o processo de venda de empresas públicas. "Existe um arcabouço legal jurídico para proteger o bem do cidadão. Foi feito com boa intenção para proteger o pagador de imposto. Só que é dificílimo vencer um bem do estado. As empresas desestatizadas no passado gastaram 30 meses em média para serem privatizadas. Na iniciativa privada se vende entre 45 dias e 75 dias", disse. Além da venda e fechamento de empresas públicas, Mattar destacou que é preciso reduzir o patrimônio imobiliário da União avaliado em R$ 1,3 trilhão. De acordo com o secretário, são 750 mil imóveis, mas poucos estão aptos a serem vendidos por terem a documentação em dia.

Servidores públicos
Mattar afirmou ainda que atualmente há duas classes de cidadãos – os servidores públicos, com estabilidade, e os trabalhadores da iniciativa privada. "Precisamos ter uma única classe de cidadão", cobrou. Ele acrescentou que a renda per capita de Brasília é de R$ 70 mil, por ano, enquanto de São Paulo é R$ 50 mil. "O estado que mais produz não tem a maior a renda. A maior renda está em Brasília, exatamente com quem nada produz", afirmou.

Com Agência Brasil

Veja mais notícias sobre EconomiaCoronavírusBrasil.

Veja também:

 

Comentários: 1

Paulo Delfino da Costa Fagundes em Sábado, 09 Mai 2020 10:52

Mau empresário. Dá mau exemplo. Como funcionário "ad nutum" do Executivo Federal com baixa produtividade, mas "recebendo" seu salário sem cumprir uma agenda mínima de entregas.
E eu contribuindo no máximo de IR para pagar estes "zumbis"!

Mau empresário. Dá mau exemplo. Como funcionário "ad nutum" do Executivo Federal com baixa produtividade, mas "recebendo" seu salário sem cumprir uma agenda mínima de entregas. E eu contribuindo no máximo de IR para pagar estes "zumbis"!
Visitante
Domingo, 15 Dezembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/