Emplacamentos de veículos crescem 20% até abril
Os emplacamentos de veículos, no mês de abril, registraram alta de 14,4% sobre março, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O crescimento se explica não apenas pelo maior número de dias úteis (22 em abril, contra 20 em março), mas também pelo avanço de 4% na média diária de vendas, registrada na comparação entre o terceiro e o quarto mês do ano. Em relação a abril do ano passado, houve alta de 38,3% e, no acumulado dos quatro meses, o aumento foi de 20%.
"Começamos 2024 confiantes em um crescimento sustentado e este primeiro quadrimestre confirma nossa expectativa. O momento mais favorável ao crédito e os juros mais contidos continuam tracionando o setor, especialmente, o mercado de automóveis e comerciais leves", afirma Andreta Jr., presidente da Fenabrave. Segundo ele, de acordo com dados históricos da entidade, este é o melhor resultado no acumulado do quadrimestre desde 2014. "Se tomarmos a média do período entre 2015 e 2023, o resultado de 2024 é quase 28% superior", informa.
Com bom desempenho nas vendas no varejo, em abril, os segmentos de automóveis e comerciais leves seguem com demanda aquecida. De março para abril, a média diária subiu 7,5%, superando as 9,4 mil unidades comercializadas no varejo. "O bom resultado vem sendo impulsionado pela maior disponibilidade de recursos para a venda a prazo, já que o crédito é fundamental na comercialização de automóveis e comerciais leves", ressalta Andreta Jr. O setor de caminhões tem se recuperado. "Apesar de o crédito, de forma geral, seguir restrito por parte de alguns agentes financeiros, as vendas financiadas por bancos de montadoras vêm registrando bons resultados. Além disso, a maior eficiência energética dos motores Euro 6 agrega valor aos veículos e atrai os transportadores", diz Andreta Jr.
Já o segmento de ônibus segue negativo no ano, por conta da dificuldade na liberação de financiamento para a compra desses veículos e pelo ritmo moroso das compras governamentais. "As adesões a programas como o Caminho da Escola estão em ritmo ainda lento, mas há tendência de melhora para o restante do ano, especialmente, se tivermos um cenário de crédito um pouco menos restritivo para as vendas de ônibus", avalia o presidente da Fenabrave.
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