Copom reduz a taxa Selic para 12,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Esse movimento já era aguardado pelos agentes do mercado financeiro. A Selic ficou congelada em 13,75% ao ano por 12 meses até agosto, depois do ciclo de alta mais agressivo desde a implantação do regime de metas para a inflação, em 1999. De março de 2021 a agosto de 2022, o BC elevou os juros em 11,75 pontos percentuais. Em seu comunicado, os membros do colegiado afirmam que a posição tomada é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", destacam.
"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", diz um outro trecho da nota do BC. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", revela o Copom. O colegiado voltará a se reunir por mais duas vezes neste ano. A próxima reunião será nos dias 31 de outubro e 1º de novembro. O segundo encontro será realizado entre 12 e 13 de dezembro. Mantido o corte de 0,5 ponto percentual, a Selic deve fechar 2023 em 11.75% ao ano.
O BC também fez uma avaliação dos cenários interno e no exterior. "O ambiente externo mostra-se mais incerto. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. O Comitê notou a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes", avaliam. "Em relação ao cenário doméstico, observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas o Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres. Como antecipado, ocorreu uma elevação da inflação cheia ao consumidor acumulada em doze meses no período recente. As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação", afirmam. Clique aqui para ler, na íntegra, o comunicado feito pelo Banco Central.
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