Confiança do varejo cai em janeiro
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda de 1,1% em janeiro, atingindo 109 pontos, após três meses de resultados positivos. A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela moderação do otimismo dos comerciantes, impactado pelos desafios econômicos e pelos gastos típicos dos consumidores no início do ano, como IPTU, IPVA e custos escolares. O resultado é 0,1% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado.
A pesquisa revela que os subindicadores que mais contribuíram para a queda do índice foram os relativos à condição atual da economia e expectativa da economia, ambos 2,6% abaixo dos números do mês anterior. Apesar disso, as intenções de investimento cresceram 0,2% e 2,4%, no comparativo com dezembro e janeiro de 2024, respectivamente. O foco tem sido o investimento em capital físico e o controle de estoques. Após as contratações temporárias de fim de ano, houve estabilidade no quadro de funcionários.
A queda da confiança foi mais expressiva no setor de bens semiduráveis, como roupas, calçados, tecidos e acessórios, em que houve redução de 1,8%. Por outro lado, os segmentos de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos (0,3%) e de eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos (0,7%) apresentaram desempenho positivo. "Essa retração no otimismo dos empresários de semiduráveis reflete o comportamento cauteloso do consumidor, típico do período pós-festas, quando os orçamentos familiares estão mais pressionados pelas despesas sazonais. Mas é importante destacar que o momento exige estratégias assertivas, como promoções, flexibilização de prazos e maior controle dos estoques", avalia o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
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