Abimaq anuncia queda de 12,1% no setor em junho

Em junho, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve queda nas vendas de 6,1% na comparação com o mês anterior e recuo de 12,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira (30) a Associação Brasileira da Indústria d...
Abimaq anuncia queda de 12,1% no setor em junho

Em junho, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve queda nas vendas de 6,1% na comparação com o mês anterior e recuo de 12,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira (30) a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Segundo a entidade, o resultado de junho influenciou na taxa de crescimento acumulada do ano, que passou de 7,5% (entre janeiro e maio) a 3,6% de crescimento (entre janeiro e junho). O desempenho, afirma a Abimaq, é baseado principalmente no mercado doméstico, que cresceu 10,2% no semestre.

As vendas para o mercado externo registraram retração pelo terceiro mês consecutivo, com desempenho negativo de 8% na comparação com maio. Na comparação a junho do ano passado, a queda foi de 22,5%, acumulando US$ 681 milhões. Grande parte disso se deve à crise na Argentina, que era o segundo maior cliente do Brasil, atrás dos Estados Unidos, e que reduziu pela metade as compras de máquinas e equipamentos. O setor também registrou retração de 2,9% na importação na comparação com maio. No entanto, na comparação anual, a importação cresceu 20,5%.

Em entrevista coletiva concedida para apresentar o balanço, o diretor da Abimaq, Mario Bernardini, afirmou que o governo precisa estimular a economia brasileira e retomar o crescimento, recuperando os investimentos. “O crescimento econômico e retomada do crescimento é prioridade número um desse país, mais do que as reformas. As reformas são meio importante para fazerem efeito a médio e longo prazo. O que tem que fazer a curto prazo é recuperar os investimentos”, reiterou. Para ele, a recuperação dos investimentos passaria por fornecer maior segurança jurídica, por exemplo. “Tudo isso demanda um tempo, portanto não prevejo retomada dos investimentos privados e em infraestrutura antes de dois anos. Mas o Brasil não pode se dar ao luxo de ficar mais um período como esse nessa situação de desemprego elevado. Minha posição pessoal é que o governo deixe de lado a ideologia [de ser liberal] e que tome medidas para retomar os investimentos públicos. A equipe econômica, liberal, acredita que o estado não deve investir na economia. Mas, neste momento, acho que eles deveriam abrir uma exceção, pois o Brasil precisa de retomada do crescimento no curto prazo”, cobrou. 

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Quinta, 19 Setembro 2024

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