Matriz de risco potencial regionalizado de SC aponta 12 regiões no nível alto

Em um comparativo com o relatório anterior, houve melhora em quatro regionais
Os números preliminares de fevereiro já apontam uma redução de 54% nas internações por Covid-19 em relação ao mês anterior

A matriz de risco potencial regionalizado, divulgada neste sábado (5) aponta cinco regiões classificadas no nível moderado (cor azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Foz do Rio Itajaí, Laguna e Vale do Itapocu, e 12 regiões foram classificadas como nível alto (cor amarela): Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Xanxerê.

Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, houve melhora em quatro regiões que estavam classificadas no nível alto (amarelo) e passaram a ser classificadas no nível moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Laguna e Vale do Itapocu, que se juntaram a Foz do Rio Itajaí que se manteve estável. Também houve melhora no Médio Vale do Itajaí, que estava classificado no nível Grave (laranja) e passou a ser classificado como nível alto (amarelo). Para as demais regiões, não houve mudança de classificação.

A dimensão da gravidade expressa os diferentes níveis da pandemia no atual momento em cada uma das localidades. É composta por dois indicadores: o número de óbitos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias por 100 mil habitantes e a tendência de curto prazo (três semanas) para ocorrência de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Nesta dimensão, um total de nove regiões foram classificadas no nível alto (amarelo): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Oeste, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê. Outras oito regionais foram classificadas no nível Grave (laranja): Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste e Planalto Norte.

A dimensão da transmissibilidade busca medir o nível de disseminação da Covid-19 população, de acordo com as Regiões de Saúde. É composta por dois indicadores, o número de casos ativos (infectantes) por 100 mil habitantes e o número de reprodução efetivo da infecção (Rt). Nesta categoria, três regiões foram classificadas como nível moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Foz do Rio Itajaí e Laguna. Outras 12 (doze) regiões foram classificadas no nível alto (amarelo), Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê. Por fim, duas regiões foram classificadas no nível Grave (laranja) Alto Vale do Rio do Peixe e Oeste. O número de casos ativos vem tendo uma redução nas últimas semanas.

A dimensão que monitora a proteção específica tem por objetivo expressar o impacto de ações voltadas para redução da ocorrência de formas graves da Covid-19 na população em geral e em grupos mais vulneráveis, substituindo a dimensão do monitoramento. Ela é composta pelos indicadores de cobertura vacinal do esquema primário de vacinação contra a Covid-19 na população geral (duas doses ou dose única) e da cobertura da dose de reforço na população com 60 anos ou mais de idade. Nela, quatro regionais foram classificadas como nível moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Meio Oeste e Oeste. Outras 11 (onze) regiões foram classificadas no nível alto (amarelo), Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Nordeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê, e duas foram classificadas no nível Grave (laranja), Alto Vale do Rio do Peixe e Médio Vale do Itajaí.

Por fim, a dimensão que cobre a capacidade de atenção expressa o grau de comprometimento da rede de atenção de alta complexidade para prestar atendimento a pacientes com quadros graves de Covid-19. É composta pelo indicador de taxa de ocupação de leitos de UTI Adulto para tratamento de Covid-19 em relação ao total de leitos de UTI Adulto disponíveis em Santa Catarina. Nela, observou-se um total de onze regiões com a capacidade de atenção moderada (azul), com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 abaixo de 20%, Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Planalto Norte e Vale do Itapocu. Outras seis regionais estão com a capacidade de atenção alta (amarelo), com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 entre 20 e 40%, Extremo Oeste, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Serra Catarinense e Xanxerê e nenhuma região apresenta uma capacidade de atenção grave (laranja) ou gravíssima (vermelho) com taxas de ocupação de leitos de UTI Adulto Covid-19 entre 40 e 60%.

Com o avanço da variante Ômicron do coronavírus, cuja transmissão comunitária foi estabelecida em Santa Catarina na segunda quinzena de janeiro de 2021, o número de casos ativos passou de 4.508 no dia 31 de dezembro para 80.251 no dia 29 de janeiro, o que representou um aumento de 1.680% em um único mês. A partir de então, o número de casos ativos vem reduzindo de forma sustentada por 4 semanas consecutivas, chegando a 15.150 em 4 de março, o que representa uma queda de 81% em relação ao pico de casos ativos registrados no dia 29 de janeiro. Embora tenha sofrido uma drástica redução nas últimas semanas, o número de casos ativos ainda é considerado elevado em Santa Catarina, demonstrando que ainda há um elevado risco de contágio de Covid-19 em todo o Estado. Por isso, continua sendo fundamental a adoção de medidas de prevenção contra o contágio, como uso de máscaras, evitar aglomerações, dar preferência por ambientes abertos e ventilados e lavar as mãos com álcool gel ou água e sabão com frequência.

O número de casos confirmados de Covid-19 alcançou o pico no mês de janeiro de 2022, com um total de 278.477 casos, o que representou 17,1% do total de registros desde o início da pandemia. Os dados de fevereiro de 2022 (86.760) ainda estão em processamento, mas de forma preliminar já apontam uma redução de 69% em relação ao mês anterior. O número de internações por Covid-19 alcançou o pico no mês de março de 2021, com um total de 9.918 casos. Desde aquele mês, o número de internações veio reduzindo gradualmente, até alcançar um total de 533 internações por Covid-19 em dezembro de 2021, o que representou uma redução de 95% nesse período. No entanto, em janeiro de 2022, o número de internações por Covid-19 subiu para 3.405 casos, representando um aumento de 539% nas internações em um único mês. Os dados de fevereiro de 2022 (1.575 casos) ainda estão em processamento, mas de forma preliminar já apontam uma redução de 54% em relação ao mês anterior.

O mesmo comportamento se observa em relação às internações em leitos de UTI. Após alcançar um pico no mês de março de 2021, com 2310 pessoas internadas em leitos de UTI para tratamento da Covid-19 grave, o número de pacientes internados em leitos de UTI reduziu gradualmente durante 2021, chegando a um total de 179 internações em dezembro de 2021, redução de 92% no período. Em janeiro de 2022, o número de internações em leitos de UTI subiu para 791, representando um aumento de 342% num único mês. Os dados de fevereiro de 2022 (331 casos) ainda estão em processamento, mas de forma preliminar já apontam uma redução de 58% em relação ao mês anterior.

Da mesma forma, os óbitos por Covid-19 alcançaram um pico em março de 2021, com um total de 3.533 óbitos num único mês. Nos meses seguintes, o número de óbitos foi reduzindo gradualmente, até alcançar um total de 103 óbitos em dezembro de 2021, o que representou uma redução de 97% no período. Em janeiro de 2022, o número de óbitos por Covid-19 subiu para 809, representando um aumento de 685% num único mês. Os dados de fevereiro de 2022 (314 óbitos) ainda estão em processamento, mas de forma preliminar já apontam uma redução de 61% em relação ao mês anterior.

O principal objetivo da matriz de risco de Santa Catarina é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.

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Segunda, 14 Outubro 2024

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