Sanepar é a empresa que mais inova no Brasil
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) é a empresa que mais inova no Brasil. Nos últimos anos, tem recebido premiações consecutivas como a mais inovadora no setor de saneamento e de infraestrutura do país. A inovação está conectada ao planejamento estratégico da companhia, como ferramenta que permeia toda a empresa com a aplicação de novas ideias em todos os seus projetos, o que demanda interação entre diversas áreas. Além de ter uma equipe própria dedicada à pesquisa e inovação, a Sanepar tem firmado parcerias com instituições técnicas e de pesquisa no Brasil e no exterior, como propulsoras de novos negócios sustentáveis.
Por meio dessas parcerias, estão sendo desenvolvidos projetos que visam a transformação de subprodutos do esgoto, como o lodo e o biogás, em biofertilizantes, adubo agrícola, hidrogênio renovável e dióxido de carbono (CO2) líquido, com potencial de geração de receitas acessórias à companhia. Outra ponta de lança da Sanepar é o hidrogênio renovável, que pode ser produzido a partir do esgoto. A companhia atende atualmente cerca de 8 milhões de habitantes com serviços de esgotamento sanitário, tratando 100% do esgoto coletado. Em 261 estações de tratamento, em sua maioria dotada de reatores anaeróbios, o maior parque do mundo com plantas dessa natureza, são processados 476 bilhões de litros de esgoto por ano. Esse volume tem potencial de geração de 42 milhões de metros cúbicos de biogás, anualmente, que seriam suficientes para produzir cerca de 56 milhões de metros cúbicos de hidrogênio, volume que garantiria a circulação diária de 2.740 veículos elétricos durante um ano.
O projeto da Sanepar foi classificado em primeiro lugar em edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que visa a produção de hidrogênio renovável a partir da reforma catalítica a seco do biogás e sua posterior conversão para ser utilizado na eletromobilidade. A pesquisa será desenvolvida pela Sanepar e pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o CIBiogás, ao longo de 36 meses. O projeto prevê, entre outras ações, a construção de uma inédita unidade de referência, com capacidade de produção de 14,5 quilos de H2 por dia, o equivalente ao abastecimento de três carros elétricos diariamente. Esta será a primeira planta do Brasil de produção de hidrogênio renovável focada na reforma catalítica a seco do biogás oriundo do esgoto.
A empresa tem realmente colocado em prática o conceito de economia circular, como tem acontecido em algumas das estações de tratamento de esgoto. Na maior delas, a ETE Belém, em Curitiba, o lodo é transformado em energia elétrica. Na obra, a Sanepar utilizou pela primeira vez aço inox na execução de tanques que atuam como decantadores primários. Esse material substitui o concreto armado, que possibilita instalação mais rápida e diminui a manutenção em seu funcionamento. Foram implantados quatro decantadores primários de aço inox, cada um com 4.800 metros cúbicos de capacidade. Os novos tanques modificam o processo de tratamento da ETE Belém, tornando-o mais eficiente do ponto de vista energético. Isso ocorre porque, nos tanques de decantação primária, há remoção de parte significativa da carga orgânica do esgoto, gerando um lodo com maior potencial de aproveitamento energético. Além disso, a redução da carga orgânica na primeira fase de tratamento demanda menos energia elétrica na etapa seguinte, a de aeração. Por dia, a ETE Belém produz cerca de 840 metros cúbicos de lodo que são enviados à CS Bioenergia. Lá ocorre o tratamento anaeróbio e, consequentemente, a geração de biogás, que é convertido em energia elétrica e calor, em vez de serem enviados diretamente para aterro sanitário.
A ETE Belém ajuda a Sanepar a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que são uma agenda mundial, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de promover um mundo mais sustentável e inclusivo com metas até 2030. No caso, a ETE Belém cumpre com os requisitos do ODS de números 7 – energia acessível e limpa – aumento da eficiência energética, com o uso de fontes renováveis e ao levar essas mesmas ações à sua cadeia de suprimentos; 13 – ação contra a mudança global do clima – redução das emissões associadas às operações próprias e às da cadeia de suprimentos, em alinhamento com os mecanismos de regulação climática; e 15 – vida terrestre – implementação de políticas para proteger os ecossistemas que são afetados por suas atividades e pelas ações de sua cadeia de suprimentos. Outra ETE, a Atuba Sul, está se transformando em uma das plantas mais eficientes e inovadoras da América Latina. A ETE utiliza o biogás e o lodo gerados no processo de tratamento, além de cavaco de madeira, para fazer a secagem do próprio lodo. O secador tem capacidade para 5 toneladas de lodo por hora.
Na área de eficiência energética, a companhia fez recentemente a migração para o mercado livre de energia elétrica, em busca de economia na hora de pagar a conta. A Sanepar também faz uso de inteligência artificial no monitoramento real de reservatórios, em projeto piloto, o que proporciona redução de 13% de energia elétrica em sistemas da Região Metropolitana de Curitiba. Com a digitalização, também é possível simular virtualmente o que acontece com a infraestrutura na prática. Além de dados históricos, a Sanepar coleta dados de sensores instalados e, assim, alimenta um algoritmo que estabelece previsões de consumo de água para cada um dos reservatórios. O uso de novas tecnologias também tem permitido a redução de perdas de água na rede de distribuição. "Usamos na companhia o termo inovabilidade, que significa a inovação em prol da sustentabilidade. Buscamos alinhar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as práticas Ambiental, Social e de Governança (ASG) e a inovação", afirma o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.
Veja mais notícias sobre Conteúdo Patrocinado.
Comentários: