Pequenos negócios recuperam perdas do primeiro trimestre
Em junho, a confiança dos empreendedores aumentou pelo terceiro mês consecutivo, o que reforça a expectativa de recuperação do segmento para os próximos meses, de acordo com a Sondagem de Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) subiu 2,4 pontos, em junho, atingindo o patamar de 95,9 pontos, o maior nível desde novembro de 2020 (98 pontos). O crescimento da confiança dos empreendedores foi impactado tanto pela situação atual verificada em junho quanto pela expectativa para os próximos três meses, incluindo a contratação de mão de obra.
Com esse resultado, no último trimestre, a confiança dos empreendedores apresentou um incremento de 14,4 pontos, depois de ter apresentado uma queda em março e ter chegado ao mesmo patamar da recessão de 2014 e a níveis semelhantes a meados de 2020. De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o bom resultado recuperou o que havia sido perdido no primeiro trimestre e representa um ambiente mais favorável para os pequenos negócios.
"O avanço da campanha de vacinação, que trouxe melhora nos indicadores da pandemia, combinado com o auxílio emergencial e a MP do Bem ajudaram a melhorar a situação econômica e provocaram nos índices de situação atual um forte aumento. Também houve um avanço na expectativa de contratação de mão de obra para os próximos meses por parte dos empreendedores", destaca.
Pelo terceiro mês consecutivo, a confiança das MPE do Comércio apresentou alta, apesar de uma desaceleração na velocidade de recuperação. O índice avançou 1,3 ponto, em junho, e subiu para 91,8 pontos, retornando ao mesmo nível de novembro de 2020. Nos últimos três meses, a recuperação foi de 23,5 pontos na confiança das MPE do comércio.
A alta no índice de comércio foi puxada pela situação atual, com a melhora da situação dos negócios e da demanda atual, em junho. O índice de expectativas, por outro lado, apresentou queda, tanto na tendência dos negócios, quanto nas vendas previstas. A melhora do comércio foi influenciada pela continuidade da recuperação do comércio de material de construção e pelo aumento do varejo restrito, segmento onde estão os bens de consumo mais imediato. Já o segmento veículos, motos e peças, após dois meses de alta, recuou.
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