O recado de Roberto Azevêdo
A segunda-feira começou com uma rodada de conversa com Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). De passagem por São Paulo, o Embaixador nos brindou com um bate-papo em que cobrimos algumas das principais vertentes da competitividade comercial brasileira. O que se pode dizer, aparentemente sem medo de errar, é que vamos muito mal. Se isso não chega a ser novidade, é desconcertante que ainda sejamos um país tão protecionista e tão afeito a esconder a cabeça sob a terra, como fazem os avestruzes.
Da conversa franca e direta, de brasileiro para outros brasileiros, o xerife do comércio global insistiu na tese de que os governantes não podem temer a promoção da abertura, sob o pretexto de proteger postos de trabalho. A esse respeito, aduziu ao caso da Dinamarca. Lá, o poder público não se empenha em proteger o emprego. Opta sim por proteger o empregado. Pois sai mais barato bancar seu salário, requalificá-lo e mantê-lo na prestação de serviços ao Estado, do que dar sobrevida a funções que não estejam alinhados com o futuro da competitividade das cadeias globais.
Eis um ponto que merece reflexão.
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