Indústria gaúcha avança 5,6% de fevereiro para março

Paraná e Santa Catarina acumularam perdas no mesmo período
O setor de veículos automotores foi o principal responsável pelo desempenho da indústria no Rio Grande do Sul

Na passagem de fevereiro para março, a produção industrial brasileira avançou 1,1%, com crescimento em 11 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. As maiores altas foram registradas pelo Mato Grosso (9,3%), Amazonas (8,7%) e Pernambuco (8,1%). No acumulado trimestral, a indústria caiu 0,4% e as taxas negativas foram verificadas em 13 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses a variação foi nula (0,0%), com nove dos 15 locais analisados mostrando resultados negativos. Os dados foram divulgados hoje (19) pelo IBGE. Em abril, foram divulgados pela primeira vez os resultados da PIM Regional após as atualizações na seleção de amostra de empresas, unidades locais e lista de produtos, além da inclusão de três novos locais: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul.

A principal influência positiva no resultado nacional foi o Rio Grande do Sul, com um crescimento de 5,6%. "O resultado de março vem após dois meses seguidos de resultados negativos. Alguns setores que antes apresentavam trajetória negativa, em março mostraram crescimento. Os de veículos automotores e derivados do petróleo impactaram no desempenho da indústria gaúcha. Esse avanço no estado também elimina parte da perda acumulada nos dois meses anteriores, de 11,5%", explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional. O Amazonas exerceu a segunda maior influência neste mês, com uma expansão de 8,7%. Os principais responsáveis foram os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; e outros equipamentos de transporte. Trata-se da quarta taxa positiva consecutiva da indústria amazonense, acumulando um ganho de 20,7%.

Em terceiro lugar no ranking de influências, a Bahia teve crescimento de 5,6%. A explicação está principalmente no desempenho do setor de derivados de petróleo e, em menor grau, no de outros produtos químicos. No lado das quedas, a maior influência veio do Paraná (-1,3%). "O setor de produtos de madeira influenciou negativamente o resultado da indústria paranaense, que acabou eliminando o ganho verificado no mês anterior, de 0,3%", acrescenta Almeida. Santa Catarina, com um recuo de 1,4%, aparece como a segunda maior influência negativa, em virtude do setor de vestuário.

Maior parque industrial do país, São Paulo encontra-se 2,7% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). "O ritmo da indústria paulista ainda está aquém daquele observado há mais de três anos, mostrando uma dificuldade de crescimento sustentado. São Paulo teve uma variação positiva de 0,2% na passagem de fevereiro para março, sobretudo pelo bom desempenho dos setores de veículos automotores, derivados de petróleo e máquinas e equipamentos. Com isso, o estado interrompe três meses de resultados negativos. Nesse período, a indústria paulista teve uma perda acumulada de 4,9%. Já na comparação com março de 2022, São Paulo exerceu a maior influência negativa, com uma queda de 2,4%", analisa Almeida.

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Sexta, 03 Mai 2024

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