Atividade econômica avança 2,5% no Sul no quarto trimestre

O BC alerta que a trajetória na região pode ser impactada pela ampliação dos casos de Covid-19
A expansão ocorreu em praticamente todos os setores, com maior magnitude na indústria de transformação

A evolução recente dos indicadores de atividade reforça o cenário de continuidade da recuperação da economia brasileira, após os fortes impactos da pandemia. Entretanto, ainda há incertezas diante do aumento do número de casos da doença. A análise é do Banco Central (BC) e foi divulgada no Boletim Regional, publicação trimestral que apresenta as condições da economia por regiões e por alguns estados do país. Na quinta-feira (4), o BC também divulgou análises específicas no âmbito do Boletim Regional, sobre o desempenho da atividade econômica nas regiões do país e as exportações de produtos básicos impulsionadas pela evolução da economia chinesa.

De acordo com o BC, as informações referentes ao último trimestre do ano passado evidenciam expansão, apesar da redução parcial dos programas governamentais de recomposição de renda. "Os dados, no entanto, não contemplam os possíveis impactos negativos do recente aumento no número de casos da Covid-19. Nesse sentido, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos benefícios emergenciais", diz o documento (acesse o Boletim Regional completo ao final desta reportagem. A análise sobre a região Sul e os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul iniciam na página 45. A fala de um capítulo especifico sobre Santa Catarina no estudo divulgado é pelo fato do BC não ter uma unidade regional em Florianópolis).

No Sul, o conjunto de informações disponíveis sugere continuidade do processo de recuperação, que segue, a exemplo das demais economias, dependente da evolução na pandemia. Após forte expansão na maioria dos indicadores econômicos no terceiro trimestre de 2020, o quarto trimestre apresentou recomposição mais gradativa da atividade, com crescimento de 2,5%. No ano, o índice caiu 2,1%. "Além disso, a redução dos programas de manutenção da renda e a ampliação da taxa de desemprego concorreram para arrefecer o processo de retomada. Essa trajetória pode ser impactada pela ampliação do número de casos de Covid-19, a partir do final de 2020, que reduziu a previsibilidade associada à evolução da pandemia e consequente aumento da incerteza sobre a atividade", explica o BC no boletim.

A expansão no quarto trimestre ocorreu em praticamente todas as atividades da região, com maior magnitude na indústria de transformação – destaque para veículos, metalurgia, máquinas e equipamentos, calçados e confecções – e nos serviços de alojamento e alimentação. De acordo com o BC, relativamente ao período pré-crise (janeiro e fevereiro de 2020), a alta de 1,6% refletiu, em boa parte, a recuperação da produção industrial, mesmo em cenário de falta de insumos e matérias-primas. Por outro lado, as atividades de serviços mais afetadas pelo distanciamento social, como hotelaria, bares e restaurantes, não retornaram ao nível anterior.

Com Agência Brasil

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Sexta, 19 Abril 2024

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