Crise no Rio Grande do Sul pode impactar mercado de fundos
O Rio Grande do Sul, que foi o grande destaque em captação líquida no mercado de fundos ao final de 2023, de acordo com o Mapa dos Fundos no Brasil, elaborado pela Nelogica/Comdinheiro, poderá impactar negativamente o setor neste ano devida à crise vivida pelo estado após as enxurradas registradas entre o final de abril e neste mês de maio. No ano passado, o estado ampliou as captações de R$ 7,9 bilhões para R$ 13,7 bilhões entre o primeiro e o segundo semestre. Os valores de captação líquida ficaram acima, inclusive, de São Paulo e Rio de Janeiro, que concentravam no final de 2023 aproximadamente 25 mil fundos, o equivalente a 96% dos fundos existentes do Brasil. Para efeitos de comparação, o Rio Grande do Sul, terceiro colocado, detinham em dezembro de 2023 pouco mais de 330 fundos, o equivalente a 1,4% do total nacional (3.244), mas registrou a maior captação semestral em todo o país.
"Além de ser uma das mais importantes economias do Brasil, o Rio Grande do Sul tem uma presença estadual de destaque na gestão de fundos, especialmente por meio do Banrisul, o que estimula investidores a fazer aportes neste mercado. Com o cenário local atual de crise, isso elevará os reflexos nacionalmente para o segmento", analisa Filipe Ferreira, diretor de Nelogica para Comdinheiro, plataforma global de informações e análises financeiras adquirida pela Nelogica em 2022. Ao todo, o Rio Grande do Sul contava, no final de 2023, com 189.311 cotistas, representado 3,4% do montante brasileiro. Abaixo, veja os principais dados do mercado em gráficos e tabelas, ao final de dezembro do ano passado.
Veja mais notícias sobre Bolso & BolsaBrasilEconomiaRio Grande do Sul.
Comentários: