Santa Catarina retoma coordenação da Aliança Láctea Sul Brasileira
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul querem preparar o setor para ganhar o mercado internacional, trazendo mais renda e reduzindo os custos de produção. Este é um dos objetivos da Aliança Láctea Sul Brasileira, que, a partir desta terça-feira (9) volta a ser coordenada pelos catarinenses.
A Aliança Láctea, que estava sob coordenação do Paraná, será agora liderada por Santa Catarina na figura do ex-secretário de Estado da Agricultura e doutor em Economia dos Recursos Naturais pela University of Queensland (na Austrália), Airton Spies. Segundo ele, os produtores de leite têm grandes oportunidades e desafios pela frente, principalmente para equilibrar oferta e demanda.
"No Brasil, há uma sazonalidade da produção; no verão, acontece um aumento gradativo e há também uma queda no consumo. Isso cria uma tendência de baixa nos preços pagos aos produtores e uma dificuldade para a indústria vender seus produtos. É o que está acontecendo agora, quando a cadeia produtiva vive um momento extremamente difícil, por causa desse desequilíbrio entre excesso de oferta e a queda na demanda", explicou.
As exportações podem ser a saída perfeita para trazer mais competitividade ao setor produtivo, equilibrar os preços e dar previsibilidade aos produtores. De acordo com o novo coordenador da Aliança Láctea, a conquista do mercado internacional diminuiria, inclusive, as importações de leite e possibilitaria um aumento significativo da produção local.
"Para isso, precisamos melhorar a eficiência da cadeia produtiva, precisamos produzir leite com alta qualidade a um custo competitivo e com a organização logística mais eficiente. Estamos trabalhando para, um dia, exportarmos manteiga, leite em pó e queijos para o mundo, como já fazemos com o nosso frango e suínos", projeta Spies.
Segundo dados do IBGE, os três estados do Sul produziram 11,6 bilhões de litros de leite em 2019 – 33,4% do total produzido no país. Em Santa Catarina, o leite é uma das atividades agropecuárias com o maior crescimento. Envolvendo 45 mil produtores em todo o estado, a produção girou em torno de 3 bilhões de litros em 2019.
Aliança Láctea Sul Brasileira
Formada pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Aliança Láctea foi criada para discutir os desafios e oportunidades comuns entre o setor produtivo do leite nos três estados. O fórum atua em cinco eixos de trabalho: assistência técnica e geração de tecnologia para aumentar a produção e a produtividade; sanidade animal; qualidade do leite; organização do setor e redução de assimetrias tributárias, para que não haja competição desleal no mercado.
Quer saber mais sobre agronegócio?
Receba diariamente a newsletter do Grupo AMANHÃ. Faça seu cadastro aqui e, ainda, acesse o acervo de publicações do Grupo AMANHÃ.
Veja mais notícias sobre AgronegócioParanáSanta CatarinaRio Grande do Sul.
Comentários: