Safra de 2025 deverá ser 5,8% maior
De acordo com o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 311 milhões de toneladas em 2025. Essa produção representa um aumento de 5,8% em relação à safra de 2024. A alta deve-se, principalmente, ao crescimento da estimativa para a produção de soja. No sentido oposto, o algodão herbáceo em caroço deve ter queda.
"A safra de 2024 enfrentou uma série de problemas climáticos em diversas unidades da federação, notadamente falta de chuvas e excesso de calor, sendo que no Rio Grande do Sul ainda tivemos excesso de chuvas e enchentes em abril e maio, o que retirou da safra brasileira em torno de cinco milhões de toneladas de grãos. Para 2025, embora os preços dos principais produtos não estejam apresentando uma boa rentabilidade, se tivermos um clima se comportando próximo a uma normalidade esperada, com as lavouras apresentando uma boa produtividade, teremos uma recuperação da safra brasileira, o que é importante para o controle da inflação e para o aumento das exportações brasileiras", destaca Carlos Barradas, gerente do LSPA.
A primeira estimativa indica que a produção de soja deve ter aumento de 10,9% em 2025, quando comparado com 2024, totalizando 160,2 milhões de toneladas, o que caracterizaria um novo recorde na produção nacional da leguminosa, superando a produção registrada no ano de 2023.A estimativa para a produção de milho em 2025 é de 115,9 milhões de toneladas, aumento de 0,3% em relação à safra colhida em 2024.No caso do algodão herbáceo em caroço, estima-se uma produção de 8,8 milhões de toneladas, praticamente igual à safra de 2024 (-0,7%).A produção do arroz em casca deve alcançar 11,2 milhões de toneladas, crescimento de 6%, com aumento de 4,4% na área ser colhida, e crescimento de 1,5% no rendimento médio.
A produção de 2025 deve crescer no Paraná (13,6%), no Rio Grande do Sul (12,4%), no Mato Grosso do Sul (24,1%), em Minas Gerais (5%), em Goiás (2%), na Bahia (3,8%), em São Paulo (16,3%), no Tocantins (0,3%), em Santa Catarina (3,7%), no Piauí (2,3%), em Rondônia (10,6%) e em Sergipe (0,3%). Por outro lado, são esperados declínios na produção no Mato Grosso (-0,6%), no Maranhão (-0,1%) e no Pará (-13,3%).
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