Nos trilhos do otimismo

Rumo projeta que 2023 será um ano favorável para a demanda de transporte, cenário que ajudará a companhia a repassar aumento de custos
Na estratégia de expansão que traçou para os próximos anos, a Rumo empregará até R$ 4,5 bilhões além do previsto inicialmente para construção do primeiro trecho de ferrovia no Mato Grosso

A Rumo prevê que 2023 terá forte demanda para o transporte sobre trilhos. O diagnóstico é de Rafael Bergman, diretor financeiro da companhia. Segundo ele, a demanda tem sido crescente, especialmente no segundo semestre de 2022, movimento que vai se estender janeiro em diante. "Estamos avançando na comercialização de capacidade para 2023. Nosso foco tem sido, além de buscar margem adequada, ter uma boa programação entre diferentes meses, para maximizar a capacidade que temos a oferecer", avalia. A normalização do mercado de frete também ajudará a empresa a recuperar margens. "O mercado está mais saudável, o que permite que a companhia recupere o repasse de custos, pois temos tido uma pressão de custos. É um momento importante para recuperar margens em patamares saudáveis", afirma. O custo variável da Operação Sul, por exemplo, cresceu 37,2% no terceiro trimestre de 2022, impulsionado pelo aumento de 55% no preço de combustível.

Na estratégia de expansão que traçou para os próximos anos, a Rumo empregará até R$ 4,5 bilhões além do previsto inicialmente para construção do primeiro trecho de ferrovia no Mato Grosso, que ligará o terminal rodoferroviário de Rondonópolis a Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Inicialmente, a projeção era que a ferrovia, no total, demandaria de R$ 9 bilhões a R$ 11 bilhões de investimento. Em um cálculo atualizado, a Rumo agora prevê de R$ 14 bilhões a R$ 15 bilhões destinados à obra. O trecho de 211 quilômetros ligará Rondonópolis à cidade de Campo Verde, com expectativa de iniciar a operação no primeiro trimestre de 2026. A operadora foi a única interessada em assumir o projeto, por 45 anos, em concorrência em setembro de 2021. A ferrovia permitirá a conexão do trecho de Lucas do Rio Verde ao porto de Santos. A Rumo já opera a ligação entre Rondonópolis e Santos. A capacidade instalada do Terminal de Campo Verde será de 10 milhões de toneladas a 30 milhões de toneladas úteis por ano.

A Rumo é a sétima maior empresa da região e também a terceira maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

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Terça, 03 Dezembro 2024

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