IDH-M apresenta estabilidade apesar de crises, revela Ipea

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (Radar IDH-M) brasileiro ficou praticamente estável de 2016 para 2017, passando de 0,776 para 0,778, em uma escala de 0 a 1. Das três dimensões que abrangem o levantamento – renda, educação e longevidade –...
IDH-M apresenta estabilidade apesar de crises, revela Ipea

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (Radar IDH-M) brasileiro ficou praticamente estável de 2016 para 2017, passando de 0,776 para 0,778, em uma escala de 0 a 1. Das três dimensões que abrangem o levantamento – renda, educação e longevidade – o pior resultado foi o de renda per capita, que caiu de R$ 842,04 para R$ 834,31 de 2016 para 2017, o que representa uma queda de 0,92%. 

Os valores do Radar IDH-M foram calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tendo por base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). O estudo indica o grau de desenvolvimento do país a partir do nível de educação, renda e expectativa de vida. Os estados do Sul se mantiveram em boas posições, segundo o IDH-M. Na região, Santa Catarina lidera (índice de 0,808), seguido pelo Paraná (0,796) e Rio Grande do Sul (0,792). O Distrito Federal tem o melhor IDH-M do Brasil (0,850) e São Paulo está na vice-liderança (0,826).

De acordo com os pesquisadores, chamou a atenção a resiliência do país em meio a um contexto de crises econômica e internacional. “A gente observa que há uma resistência das políticas sociais no Brasil porque os indicadores não tiveram piora sensível. A gente esperava resultados piores, considerando as dificuldades que o Brasil passou no contexto econômico e internacional. Essa resistência demonstrada gera uma expectativa de melhora [em um cenário futuro]”, avaliou Maristela Baioni, representante do Pnud no Brasil. 

Na avaliação do diretor de Estudos e Políticas Regionais Urbanas e Ambientais do Ipea, Aristides Monteiro Neto, os dados mostram “resiliência de indicadores” a despeito da crise econômica. “Os indicadores de educação e saúde são os que mais resistem, inclusive à queda monetária. Isso é resultado de políticas sociais que certamente demandam continuidade no momento a seguir”, afirmou ao apontar melhoras inclusive em regiões de menor desenvolvimento.

A “leve queda” observada no valor da renda per capita de 2016 para 2017, de 0,92% (de 0,748 para 0,747), foi contrabalanceada pelas outras duas dimensões. O crescimento da esperança de vida passou de 75,72 anos para 75,99 anos. Com isso, o indicador de longevidade subiu de 0,845 para 0,850. Já a dimensão relativa à educação avançou de 0,739 para 0,742. No que se refere à educação, causou preocupação a evasão escolar entre estudantes com idade entre 15 e 17 anos. “Essa evasão apontada pelo indicador é preocupante por sinalizar influência da questão econômica”, explicou Aristides Monteiro Neto. “Ela pode estar associada à perda de renda porque, ao precisarem aumentar suas rendas, as famílias tendem a colocar o jovem no mercado de trabalho”, acrescentou o diretor do Ipea.

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Terça, 16 Abril 2024

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