Para driblar a crise
Escolhemos este tema para o blog desta semana por entender que é atual e muito instigante. Depois de brilhante evento (foto) na Firjan, no Rio de Janeiro, promovido pela SCIP, em conjunto com Plugar e Cortex, na última quinta-feira (11), não poderíamos deixar de abordar como a inteligência competitiva em tempos de cenários econômicos instáveis pode ajudar as organizações. Num curto espaço de tempo, o mundo passou da euforia do crescimento para o sobressalto do horizonte sombrio e incerto. E, nessa mesma onda, o Brasil vem tentando manter um bom nível de crescimento com todos os percalços que diariamente acompanhamos.
Nesse contexto, a questão principal que nos levou a fomentar esse evento é se esse cenário de crise não poderia ter sido antecipado. É entender como a inteligência pode ajudar organizações a se preparar para momentos como esse. No evento, contamos com mais de 100 participantes de grandes empresas não só do Rio de Janeiro, como também de São Paulo e Belo Horizonte. Elisabeth Gomes e Flavia Franco mostraram de forma bem simples e criativa como essa atividade pode ajudar as empresas a tomar decisões pautadas em análises consistentes. Mostraram que trabalhando de forma processual a seleção e análise de informações é possível gerar alertas e relatórios antecipados para tomadas de decisão com mais precisão. Flavia Franco, gestora da Aveva, sintetizou como a inteligência ajudou a posicionar a organização num mercado onde não atuava (o brasileiro) e como a companhia se apoia taticamente para prosperar.
Logo em seguida, assistimos um belíssimo caso de “inteligência em pricing”. Aline Andrade, da Vale, falou sobre monitoramento antecipado de informações em tempos de crise. Ela mostrou como a empresa calcula o reajuste dos preços com base em fórmulas paramétricas, e dessa forma, reflete a variação dos índices mais relevantes da composição dos custos de uma determinada categoria onde a Vale compra muito ou mantém compras estratégicas. Tal projeto mistura padrões matemáticos, estáticos e análises de inteligência usando modelos analíticos consagrados. Dessa forma, a Vale acompanha de forma sistemática as ações e o dinamismo do mercado verificando a competitividade dela em relação aos concorrentes. De quebra, a companhia consegue identificar e capturar oportunidades de mercado.
Em um debate sobre inteligência, Erika Gonzaga, gerente de operações do Spa das Sobrancelhas, deu continuidade mostrando o case de uma empresa que começou bem pequena e que, em oito anos, já tem mais 300 unidades em todo o país e já parte para a internacionalização a partir dos Estados Unidos. Erika mostrou como um processo de captura e análise de informações suporta as decisões do Spa. São informações vindas de pontos de venda, de pesquisa e do mercado. Todas são analisadas e transmitidas aos franqueados como uma forma de apontar oportunidades e ameaças. Desse modo, também é possível apontar inovações buscando sempre agregar melhorias – mesmo que elas sejam apenas incrementais.
Na mesma mesa, Maurício Eiras, coordenador de inteligência do Secovi-Rio, mostrou como o uso de inteligência ajudou a dar mais eficiência ao sindicato. Atualmente, o Secovi-Rio é apoiado pela Plugar Informações Estratégicas e consegue capturar, analisar e disseminar informações sobre os preços de locação e venda (como valores totais e por metro quadrado de imóveis residenciais e comerciais dos principais bairros). Desse modo, conseguem construir panoramas de valores médios de condomínios residenciais segmentados por região, os principais índices econômicos que afetam o mercado e enxergar áreas de sombra de locação e vendas, por exemplo. O Secovi se vale do uso de tecnologia para otimizar a coleta de dados e se dedicar mais à análise. Com isso pode atender, com mais eficiência, seus usuários e a mídia, fornecendo um quadro do mercado fluminense com dados e estatísticas sobre compra, venda, locação, condomínio, lançamentos, dados do ITBI e IPTU, além de indicadores socioeconômicos.
Com todas essas apresentações, observamos que trabalhar com Inteligência Competitiva é fazer acontecer. O que vocês acham? Tempos de crise são tempos de oportunidades? Pelos debates originados por esses cases, conseguimos enxergar inúmeras chances de como se valer da inteligência para driblar e atravessar bem os tempos de crise. No próximo post, detalharemos um pouco mais cada um desses cases.
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