Quimisa: uma empresa de soluções

O trecho a seguir faz parte do livro “Santa Catarina – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ.  Brasil leva este nome em parte por causa de um corante, o pau-brasil, que foi o primeiro item explorado pelos colonizadores. A árvore rendia uma...
Quimisa: uma empresa de soluções

O trecho a seguir faz parte do livro “Santa Catarina – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ. 


Brasil leva este nome em parte por causa de um corante, o pau-brasil, que foi o primeiro item explorado pelos colonizadores. A árvore rendia uma madeira resistente e um extrato de cor vermelha, usado para tingir tecidos, e tornou-se o primeiro item de exportação importante do território dominado pelos portugueses. À época, a Mata Atlântica ainda era habitada apenas por índios – e a exploração da madeira nobre fez quase desaparecer o espécime da flora local. Séculos depois, o Brasil já tinha uma seleção bicampeã mundial e estava prestes a ingressar nos turbulentos anos 1960. Então foi a vez de os corantes para tecidos marcarem a história de um morador da pequena Brusque, no interior de Santa Catarina. Ary Arnoldo Wehmuth percebeu que a pujança da indústria têxtil da região gerava uma oportunidade e lançou as bases do que hoje é a Quimisa.

Berço de grandes companhias do setor, com marcas reconhecidas em todo o país, o Vale do Itajaí já tinha produção volumosa e grande demanda por matérias-primas. Wehmuth apostou na área e traçou um caminho marcado pelo empreendedorismo e pela aposta em diferenciais importantes para o mercado. Inicialmente, os corantes eram importados e revendidos. Mais tarde, a empresa iniciou a produção própria de auxiliares têxteis e ingressou em novos setores – hoje, a companhia fornece corantes e produtos químicos para indústrias têxteis, calçadistas, metalúrgicas, alimentícias, tratamento de águas, higiene e limpeza, espumas, curtumes, cosméticos, tintas e vernizes, resinas e nutrição animal. Além disso, desenvolveu a linha Eco Blue, própria para motores a diesel e capaz de reduzir em até 98% as emissões de óxidos de nitrogênio, gás poluente.

A pesquisa e a inovação estão na base do trabalho que levou ao desenvolvimento de produtos como esse e marcam a história da empresa. Tanto que o logotipo, praticamente inalterado desde a fundação, reforça essa vocação, mostrando um frasco de Erlenmeyer, usado em laboratórios de química, dentro da letra Q. A imagem é complementada pelo nome Quimisa. A logomarca tem as cores vermelho e azul.  Na época da fundação, em 1959, a empresa se chamava Comercial Santa Catarina Ltda – e atuava na importação e revenda de corantes e produtos químicos. Mais tarde, quando iniciou a produção própria, a razão social foi alterada para Quimisa Indústria e Comércio, e em seguida para Quimisa S/A, buscando tornar mais fácil a pronúncia. As alterações no nome foram pouco significativas, mas o crescimento da empresa, bastante grande. 

A sede da Quimisa permanece em Brusque, com unidades também no Rio Grande do Sul (Sapucaia do Sul), em São Paulo (Itu) e no Paraná (Nova Esperança), atendendo a todo o país. O e-commerce também passou a ser usado como canal de venda.  As estratégias de marketing que garantem a força da marca levam em conta a característica mais marcante do negócio: a Quimisa é fornecedora de insumos para outras indústrias – focando não no consumidor final, mas nas companhias que usam os produtos como matéria-prima. Nessa estratégia, as feiras têm peso importante – e a Quimisa está presente em eventos de segmentos como o têxtil, de couros, de automóveis, entre outros. Mas não é só mostrando seus produtos que a empresa mantém a proximidade com os clientes da indústria. Equipes da área técnica mantém intercâmbio de informações com instituições de ensino e pesquisa, fornecedores e clientes e desenvolvem itens específicos para demandas identificadas no mercado. Em 2009, por exemplo, uma indústria têxtil pretendia acabar com a poeira provocada pelos felpos de tecido no interior da fábrica. Técnicos da Quimisa e da empresa trabalharam em parceria e identificaram o uso excessivo de silicone em uma das etapas do processo de produção. Dos laboratórios da empresa de Brusque surgiu um composto amaciante que resolveu o problema.

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Sexta, 29 Março 2024

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